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Carnaval

Crianças refugiadas desfilam pela Mangueira no Sambódromo

A ideia foi de uma ONG brasileira que ganhou o apoio do Alto Comissariado da ONU para os refugiados (Acnur). Integrando a escola mirim "Mangueira do Amanhã", que reúne todos os anos as crianças da Mangueira, quarenta refugiados viverão uma experiência inesquecível na noite desta terça-feira (9): vão desfilar na avenida Marquês de Sapucaí.  

Meninas de Angola e da República Democrática do Congo fazem parte da escola mirim "Mangueira do Amanhã", com crianças de outras nacionalidades..
Meninas de Angola e da República Democrática do Congo fazem parte da escola mirim "Mangueira do Amanhã", com crianças de outras nacionalidades.. Acnur
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A ONG brasileira IKMR (em inglês, I Know my rights; em português, Eu conheço meus direitos) acompanha a integração de famílias de refugiados de diversos países. Foi nesse contexto que, com o apoio da ONU, as crianças foram inseridas no projeto carnavalesco. Elas vieram da Síria, Jordânia, Palestina, Angola, Congo, Líbia e Sudão. Vivendo no Brasil com suas famílias, elas vão pular carnaval pela primeira vez, em um momento especial de alegria que deve amenizar um pouco o sofrimento da guerra e da violência.

A participação das crianças refugiadas no desfile da "Mangueira do Amanhã" foi uma sugestão da cantora Maria Bethania, homenageada neste ano pela escola de samba Estação Primeira da Mangueira – à qual a "Mangueira do Amanhã" está associada.

O tema deste ano vai ser "Era uma vez... A Mangueira do Amanhã vai contar para vocês", de autoria de Clebson Prates. Sairão na Marquês de Sapucaí 21 alas formadas por cerca de 1.800 crianças e adolescentes. As crianças refugiadas integrarão a ala "Pluft, o fantasminha".

Vivianne Reis, fundadora e presidente da IKMR, Vivianne Reis, acha que "o desfile "é uma oportunidade única de possibilitar às crianças refugiadas o acesso à cultura brasileira de uma forma lúdica por meio do carnaval, uma das festas mais populares e representativas do mundo, tão rica em sua diversidade; Brincar de folião na Sapucaí, num universo de fantasias, cores e ritmos será uma experiência mágica para as crianças", observa Vivianne.

Saiba como surgiu a escolinha de samba "Mangueira do Amanhã"

A escola de samba mirim "Mangueira do Amanhã" faz parte do Programa Social da Mangueira e de comunidades ao redor e tem cerca de duas mil crianças e jovens de 5 a 17 anos, todas seguindo educação escolar.

Foi fundada em 1987 pela cantora Alcione, presidente de honra do projeto. Todas as crianças que participam da escola precisam estar devidamente matriculadas em escolas do país.

Para o carnaval de 2016, a escola levará para a Marquês de Sapucaí o enredo "Era uma vez... A Mangueira do Amanhã vai contar para vocês", do carnavalesco Clebson Prates. Brincando e vivendo a aventura de ser criança, a escola desfilará na avenida com 21 alas e cerca de 1.800 crianças e adolescentes. As crianças refugiadas comporão a ala "Pluft, o fantasminha".

 

 

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