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Em plena crise, Dilma troca Levy por Barbosa no Ministério da Fazenda

O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira (18) a saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. Ele será substituído por Nelson Barbosa, que ocupava a pasta do Planejamento. A troca de ministros é o mais recente capítulo da crise política e econômica que atravessa o país. Mercado financeiro reage mal.

Aparentemente cada vez mais isolado no governo, Joaquim Levy (e) deixa o Ministério da Fazenda para Nelson Barbosa.
Aparentemente cada vez mais isolado no governo, Joaquim Levy (e) deixa o Ministério da Fazenda para Nelson Barbosa. Lula Marques/Agência PT
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Dilma Rousseff agradeceu a dedicação do ministro Joaquim Levy, "que teve um papel fundamental no enfrentamento da crise econômica", informou a Presidência em um comunicado, no qual também anunciou a indicação de Barbosa. Economista ortodoxo que trabalhou no FMI e parecia cada vez mais isolado no governo, Levy tinha dado sinais claros de que seu tempo no gabinete de Dilma tinha acabado.

Sua situação se fragilizou por causa de uma crise política que aprofundou a deterioração da economia, sobretudo depois de aberto um processo de impeachment contra Dilma, acusada de aprovar despesas sem autorização do Congresso e financiar o Tesouro com empréstimos de entidades públicas, algo proibido por lei. A sétima economia do mundo entrou em uma espiral recessiva e dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) cresceu a resistência ao programa de ajustes com o qual Levy buscava recuperar a economia.

Seu substituto Nelson Barbosa, um economista mais ligado às ideias desenvolvimentistas e a uma política fiscal menos restritiva, terá o trabalho de conduzir um país que prevê contração de 3,1% este ano e de 1,9% no próximo, com desemprego em alta e inflação de 10,48% ao ano. "O mercado o considera o nome mais normal, provável, porque já é ministro do Planejamento, já conhece a máquina, já sabe como funciona, é uma solução natural e o mercado o está encarando com certa neutralidade", disse André Leite, analista da TAG Investimentos em São Paulo. Mesmo assim, a mudança provocou uma queda de 2,98% no fechamento da Bolsa e uma depreciação de 1,42% do real.

Doutor em Economia pela New School for Social Research, em Nova York, Barbosa participou diretamente do desenho da política econômica do primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando houve uma forte expansão do gasto público, uma marca do PT.

(Com informações da AFP)

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