Dilma é aplaudida apesar de discurso modesto na ONU
Atropelada pelas crises econômica e política no Brasil, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso humilde, nesta segunda-feira (28), na abertura da 70ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Mesmo assim, ela arrancou aplausos da plateia quando defendeu as posições do Brasil sobre os conflitos no Oriente Médio.
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York
A presidente brasileira foi aplaudida quatro vezes durante sua intervenção na ONU. Quando disse que o Brasil está de braços abertos para receber refugiados e imigrantes. Depois, quando afirmou que não era mais possível postergar a criação do Estado Palestino. Os aplausos foram ainda mais intensos quando, na sequência, ela condenou os assentamentos israelenses na Palestina. E, por fim, quando elogiou a conclusão do acordo nuclear com o Irã e o compromisso americano de suspender o embargo a Cuba.
Dilma iniciou os debates da assembleia com um discurso de 22 minutos em que tratou, como esperado, da crise dos refugiados na Síria e do desejo de ampliação do Conselho de Segurança da ONU. Mas a presidente também tratou da crise política e da recessão econômica no Brasil.
Crise no Brasil
Dilma afirmou que o ciclo de crescimento e desenvolvimento econômico “chegou a um limite por razões fiscais internas e externas”. A presidente ponderou que “a economia brasileira está mais sólida do que em anos anteriores e que vive um momento de transição para um novo ciclo de expansão, mais duradouro”.
Ela afirmou que a Justiça brasileira tem agido de forma “firme e imparcial” para fiscalizar, investigar e punir desvios e crimes e que “o governo e a sociedade brasileira não toleram a corrupção”.
Dilma foi bastante aplaudida em dois momentos, quando afirmou que o Brasil está de braços abertos para receber os refugiados e quando saudou o acordo com o Irã que “permitirá a este país desenvolver energia nuclear para fins pacíficos”.
Antes de embarcar hoje de volta para o Brasil, a presidente se encontra com o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras.
Discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia da ONU
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