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Rússia/ Brics

Dilma diz que banco dos Brics pode compensar queda mundial de investimentos

Ao lado dos parceiros dos Brics (Brasil, Rússia, China, Índia, China e África do Sul), a presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira (9) que os países emergentes precisam aumentar os investimentos para trazer mais dinâmica à performance econômica, em meio à crise internacional. A presidente participa da 7ª Cúpula dos Brics, que se encerra hoje na cidade russa de Ufá.

Líderes dos Brics se reúnem na cidade russa de Ufá.
Líderes dos Brics se reúnem na cidade russa de Ufá. Roberto Stuckert Filho/PR
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Luiza Duarte, correspondente da RFI, em Ufá

Nessa manhã, os líderes dos países do bloco fizeram uma declaração à imprensa. Dilma ressaltou que a união do grupo é ainda mais importante, em um momento em que a economia global ainda não se recuperou da crise. Ela destacou que o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), a primeira instituição aberta pelo bloco de cinco emergentes, poderá financiar investimentos nos países que precisam melhorar as infraestruturas.

"Até 2020, os países em desenvolvimento como um todo precisarão de um volume de investimentos em infraestrutura que alguns calculam como sendo de US$ 1 trilhão de dólares. Atingir essa cifra não será tarefa simples. O investimento externo direto mundial caiu quase 50% nos últimos cinco anos”, observou. “Nesse cenário, o Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics terá um papel importante, na intermediação de recursos para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável - inicialmente em nossos países e, posteriormente, em outros países em desenvolvimento."

Prioridades de empresários

A presidente disse que o grupo recebeu um relatório do conselho empresarial dos cinco países, no qual elencam prioridades para a cooperação entre os emergentes.
Os empresários pedem a facilitação dos vistos de negócios e do comércio, mais cooperação regulatória e industrial e a harmonização de padrões técnicos. Eles também apresentaram 40 projetos para serem realizados nos Brics.

Os projetos priorizam as áreas de indústria, transportes, energia e logística. “As propostas serão analisadas e poderão contar com o apoio do Novo Banco de Desenvolvimento”, declarou Dilma.

A cúpula se encerra no final do dia. Um documento de cerca de 80 páginas deve ser assinado pelos participantes, contendo o plano de ação para a cooperação entre essas economias emergentes em diferentes setores, como energia renovável, infraestrutura, tecnologia, pesquisa e inovação.

Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff tem agenda cheia. Além das reuniões de trabalho dos Brics, tem a uma série de encontros bilaterais com chefes de Estado. Primeiro, com o de Belarus, e depois com os do Cazaquistão, África do Sul, Índia e China. Ontem, presidente brasileira se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

Depois de participar de um jantar com os chefes de Estado do Brics, Dilma falou por mais de uma hora com Putin. O presidente russo ressaltou que as trocas comerciais com o Brasil tiveram um aumento de 15% no ano passado e ressaltou a importância de as trocas comerciais entre os membros do Brics poderem ser feitas em suas próprias moedas. A Rússia quer reforçar a parceria com as potências emergentes e mostrar que não está isolada, mesmo depois das sanções econômicas impostas devido a crise da Ucrânia.

 

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