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Brasil/Política

Brasil e China assinam acordos bilaterais de mais de US$ 50 bilhões

Brasil e China assinaram 35 acordos econômicos, dentro de um plano de ação conjunto que prevê mais de 50 bilhões de dólares em investimentos até 2021. Entre os principais negócios fechados, estão a venda de 22 aviões da Embraer por pouco mais de 1 bilhão de dólares à chinesa Tianjin Airlines; além de sete bilhões de investimentos chineses em projetos da Petrobrás. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, foi recebido nesta terça-feira (19) no Palácio do Planalto pela presidente Dilma Rousseff.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em Brasília; (18.05.15)
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, em Brasília; (18.05.15) Foto: Reuters
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O anúncio foi feito logo depois da cerimônia oficial dirigida pela presidenta Dilma Rousseff e pelo primeiro ministro chinês, Li Kengiang, que faz uma visita oficial ao Brasil. Em seguida, as duas autoridades se encontraram em Brasília com 130 empresários dos dois países.

Antes da reunião, o encarregado das relações com a Ásia do ministério das Relações Exteriores, José Graça Lima, havia anunciado que os investimentos se concentrariam na área da indústria pesada e em obras de infraestrutura em diversos setores.

Entre os investimentos mais importantes dos chineses estão o projeto de construção de uma megaferrovia que ligará o Brasil ao Peru, também chamada de transoceânica, que irá do Atlântico ao Pacífico. A intenção é facilitar as exportações de produtos brasileiros para a China atravé do Pacífico. Investimentos também serão anunciados para estradas, aeroportos e portos.

O governo brasileiro aposta nos investimentos chineses para compensar os cortes de R$ 70 a 80 bilhões no orçamento federal, que devem ser anunciados até sexta-feira (22) pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Investimentos no setor bancário

A China anunciou também a compra do banco brasileiro BBM pelo chinês Bank of Communications, a quinta maior instituição bancária da China, com sede em Xangai. Além de reunir-se com a presidente Dilma Rousseff, Li Keqiang teve encontros com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O premiê chinês veio acompanhado de uma delegação de 120 empresários, que se reuniram com executivos brasileiros. As trocas comerciais entre Brasil e China passaram de US$ 3,2 bilhões em 2001 para US$ 83 bilhões em 2013, segundo o governo brasileiro.

Visita ao Rio de Janeiro

Na quarta-feira (20), o primeiro-ministro Li Keqiang visita o Rio de Janeiro, onde os funcionários das obras dos Jogos Olímpicos entraram em greve, ontem, por aumento de salário e do valor da cesta básica. Eles ganham em média R$ 1.500. Cerca de 30% dos trabalhadores teriam cruzado os braços no primeiro dia do movimento, segundo o Sindicato Nacional das Indústrias da Construção Pesada. A greve programada até sexta-feira pode provocar atrasos e elevar o custo das obras das Olimpíadas no Rio. Ainda na quarta-feira, Li Keqiang visitará a Colômbia e de lá segue para o Chile e Peru.

Investimentos na Europa

A imprensa francesa relata hoje que a China também investirá massiçamente no plano de estímulo da Comissão Europeia. Por um montante que segue em sigilo, mas é citado em milhares de dólares, bancos públicos chineses vão participar de grandes projetos de infraestrutura no bloco europeu.
 

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