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Brasil/Petrobras

Renúncia de Foster comprova enfraquecimento de Dilma, diz analista

Depois da saída de Graça Foster e da cúpula da Petrobras, anunciada na quarta-feira (4), há grande expectativa em torno da pessoa que vai substituir Foster e das consequências do caso para o governo de Dilma Rousseff. Em entrevista exclusiva à RFI, o cientista político Gaspar Estrada, do Observatório Político da América Latina e Caribe do Instituto de Ciências Políticas de Paris, diz que a renúncia de Foster comprova o enfraquecimento político da presidente Dilma Rousseff, exemplificado também pela eleição de Eduardo Cunha à presidência da Câmara dos Deputados.

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro REUTERS/Sergio Moraes/Files
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Gaspar Estrada analisa que Dilma Rousseff tentou se proteger do escândalo da Petrobras mantendo Graça Foster no comando da empresa. A presidente preferia “sacrificar a amiga apenas depois dos desdobramentos da operação Lava-Jato” acredita o cientista político. Ele lembra que até agora ninguém sabe qual é o tamanho do rombo e o impacto real do escândalo nas contas da petrolífera brasileira.

Para Estrada, a demissão de Foster e de toda a direção da Petrobras, “já era um fato consumado” que a revelação de novas notícias nos últimos dias acelerou. O cientista político lembrou que Dilma não gosta de tomar decisões políticas pautada pela mídia, mas as revelações dos últimos dias colocaram “uma faca no pescoço da presidente, que foi obrigada a reagir”. “A posição de Dilma está mais enfraquecida do que nunca. O quadro político também está mais difícil para ela depois da eleição de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados”, observa o analista

Novo comando na Petrobras

Gaspar Estrada espera que o novo (ou a nova) presidente da multinacional brasileira de petróleo seja um nome mais ligado ao mercado do que ao governo. Isso poderia ser “um bom sinal para alavancar a recuperação da empresa”, opina.

O escândalo de corrupção trouxe prejuízos e prejudicou a imagem da Petrobras junto aos investidores internacionais, que continuam acompanhando com interesse os desdobramentos da situação na empresa. O cientista político lamenta que a estatal brasileira não esteja, por causa do escândalo, conseguindo reverter seu sucesso na exploração do pré-sal em benefício para sua imagem.

Além do mais, a Petrobras, como todas as multinacionais do setor no mundo, enfrenta um cenário mundial complicado com a queda do preço do petróleo.

04:35

Entrevista com o cientista político Gaspard Estrada

 

 

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