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Brasil/eleições

Militantes históricos do PT e evangélicos se unem em ato pró-Dilma no Rio

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta segunda-feira (20) uma ofensiva para assegurar a liderança no Estado no qual venceu no primeiro turno. Para o PT, vencer no Rio de Janeiro é essencial para assegurar a eleição presidencial. Mas as pesquisas mostram uma pequena diferença de intenção de votos entre Dilma e seu oponente, Aécio Neves, o que fez a militância do partido arregaçar as mangas nessa reta final.

Dilma Rousseff participa de carreata em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro.
Dilma Rousseff participa de carreata em Nova Iguaçu no Rio de Janeiro. Flickr: Sala de Imprensa/Ichiro Guerra
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Da enviada especial a Nova Iguaçu para a RFI

Em uma carreata em Nova Iguaçu, na Baixada Flumisense, Dilma Rousseff dividiu o palanque com Marcelo Crivella, candidato ao governo do Rio de Janeiro e ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. E no humilde bairro de Cabuçu, a campanha de Dilma reuniu tanto militantes históricos quanto evangélicos de diversas denominações, inclusive da Igreja Universal, cujo templo fica a poucos metros do ponto de encontro da carreata.

José Carlos é um dos militantes que defende o voto em Dilma. "Ela fez muito pelo nosso povo. Queremos que ela fique para continuar o trabalho de Lula", disse o militante da comitiva de Marcelo Crivella.

04:00

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Militante do PT desde 82, Tânia diz não ser evangélica mas aprova a associação entre a militância do partido e pessoas ligadas à igreja. "Não interessa a religião. Não sigo essa denominação [a Igreja Universal], mas não me interessa se Crivella é ou não é pastor. Ele é um homem bom e está com a Dilma. Isso é que conta pra mim. Dilma tem que continuar”.

Um dos ícones do PT, Benedita da Silva, ex-governadora do Rio, também esteve na carreata de apoio a Dilma nesta segunda-feira e defende essa aliança. “Evangélicos sofrem muito preconceito. As pessoas partem do princípio que não temos proposta. Mas isso não é verdade. Temos muito projetos, confiamos em Jesus e queremos Dilma na Presidência”, disse.

A Comunidade do Facebook, Evangélicos para Dilma, cita 13 motivos para votar na candidata. Entre eles, o fato de o Brasil ter saído do mapa da fome, uma das bandeiras que também são citadas aqui entre os militantes das mais diversas matizes.

Palanque disputado

Segundo pesquisa do Datafolha, a candidata do PT tem uma vantagem apertada sobre Aécio. A candidata do PT aparece com 51% contra 49% de Aécio Neves. Para tentar aumentar essa vantagem, além do ato com Marcelo Crivella, Dilma também participou de uma caminhada com Pezão, candidato ao governo do Rio. Os partidos de Pezão e de Crivella estão na base do governo e Dilma teve que usar muito jogo de cintura para apoiar, simultaneamente, os dois candidatos.

Entre os dois eventos, ela discursou rapidamente e defendeu o seu projeto para o Brasil. “A eleição, no dia 26, vai colocar de um lado aqueles que defendem os empregos e os salários e do outro lado aqueles que desempregaram no Brasil, que reduziram salários e que se ajoelharam diante do Fundo Monetário Internacional. Aqueles que quebraram o Brasil três vezes”, disse Dilma.

Diante dos militantes, ele também voltou a usar um discurso mais de esquerda: “Temos uma concepção que coloca as pessoas no centro de tudo. Não somos aqueles que só pensam nos banqueiros e nos juros”, ressaltou Dilma.

No final da tarde, Dilma seguiu para São Paulo. Na quarta-feira, ela volta ao Rio de Janeiro para um grande comício ao lado de Lula na Cinelândia, palco histórico da cena política carioca.

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