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Rio 2016/Poluição

Federação Internacional de Vela se diz preocupada com poluição da Baía de Guanabara

A Federação Internacional de Vela (Isaf) estima que Regata do Rio de Janeiro, que terminou no último sábado (9), demonstra a necessidade urgente das autoridades brasileiras de limpar as águas da Baía de Guanabara. A constatação acontece dois anos antes do início dos Jogos Olímpicos na capital carioca.

Regata Internacional de Vela no Rio de Janeiro era teste para Jogos Olímpicos de 2016.
Regata Internacional de Vela no Rio de Janeiro era teste para Jogos Olímpicos de 2016. Paulino Menezes/ME/Portal Brasil
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O chefe das competições da Isaf, Alastair Fox, se declarou “muito preocupado com a poluição” das águas onde foi realizada a Regata Internacional do Rio de Janeiro, de 3 a 9 de agosto. “Não é possível organizar um evento esportivo que vale uma medalha de ouro no meio de dejetos boiando”, disse, em uma coletiva de imprensa.

Relatos de atletas de 35 países apontam que, além da sujeira das águas, animais mortos, garrafas, cadeiras, malas e até mesas flutuavam no local das provas. “Acreditamos que ainda há muito trabalho a ser feito”, avalia Fox, garantindo que o Comitê Organizador da Rio-2016 “fará o possível para oferecer uma Baía de Guanabara límpida durantes os Jogos Olímpicos”.

O campeão olímpico australiano Nathan Outteridge chegou a publicar em sua conta no Twitter uma foto da carcaça de um cachorro morto que encontrou no local da competição. Já a velejadora neozelandesa Jo Aleh disse que nunca havia navegado em águas tão sujas. “Durante o treinamento antes das regatas, o lixo se colava à embarcação, o que a desacelerava e podia até virá-la”, declarou.

Águas cristalinas

Na semana passada, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman, classificou como “cristalinas” as águas da Baía de Guanabara. "Eu mesmo percorri as raias, acompanhado por representantes do COI (Comitê Olímpico Internacional), e fiquei impressionado, a água estava limpa. Conversei com federações internacionais, atletas, e todos estavam muito satisfeitos", declarou.

Já o diretor de Esportes da Rio 2016 considerou o evento como “um sucesso”. Ele garante ter recebido só retornos positivos de atletas e federações.

Limpeza das águas até 2016

A poluição da baía aumenta em períodos chuvosos. Mas, de acordo com o governo do Rio de Janeiro, a cidade trata atualmente 50% das águas que desembocam no local, contra 11% em 2007. Até 2016, o objetivo é limpar 80% do esgoto despejado na Baía de Guanabara.

A secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro informou na semana passada que a sujeira da baía não implicava em nenhum risco para a saúde dos atletas.

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