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Itália/Pizzolato

Polícia italiana confirma que Pizzolato foi preso com passaporte falso em nome do irmão morto

As autoridades italianas confirmaram nesta quarta-feira (5) que Henrique Pizzolato foi preso com um passaporte brasileiro falso na cidade de Maranello. Em entrevista exclusiva à RFI, o chefe da polícia local explicou que o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil também detinha duas carteiras de identidade italianas falsificadas. Todos os documentos estavam em nome de seu irmão Celso Pizzolato, morto há mais de 30 anos.

Imagem do site da Interpol, que emitiu um mandado de busca internacional contra Henrique Pizzolato.
Imagem do site da Interpol, que emitiu um mandado de busca internacional contra Henrique Pizzolato.
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Henrique Pizzolato, único dos 25 condenados do processo do mensalão foragido no exterior, foi detido na manhã desta quarta-feira em Maranello, no norte da Itália. Em entrevista exclusiva a RFI, Carlo Carrozzo, chefe do comando da polícia italiana na província de Modena, confirmou a detenção e disse que, ao ser preso, Pizzolato apresentou “um passaporte brasileiro falso e duas carteiras de identidade italianas, também falsas, em nome de seu irmão falecido”.

01:09

Rafael Belincanta, correspondente da RFI na Itália

Maranello, que abriga a fábrica e o museu da Ferrari, estava na lista dos locais vigiados pela Interpol, já que Fernando Grando, sobrinho do acusado que trabalha para a montadora, vive na cidade. Na manhã desta quarta-feira a polícia viu a mulher de Pizzolato aparecer na janela da residência do sobrinho e decidiu invadir a casa.

Pizzolato  está detido no comando central da polícia de Modena, a cerca de 20km de Maranello, e ficará à disposição da justiça italiana. Embora o brasileiro tenha um mandado de captura emitido pela Interpol em 190 nações, dentro do território italiano ele é um homem livre, já que também tem cidadania italiana e não cometeu nenhum crime no país, além do porte de documentos falsos. A Itália proíbe que seus próprios cidadãos sejam extraditados. O governo brasileiro já avisou que fará um pedido formal de extradição. 

Condenado a 12 anos e sete meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi o único réu do mensalão que não se apresentou à polícia. De acordo com a acusação, ele teria autorizado repasses do banco a empresas do publicitário Marcos Valério, operador do esquema.

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