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Brasil/Copa do Mundo

Associação francesa lança campanha contra prostitução durante Copa no Brasil

Uma associação de luta contra a prostituição infantil, Ecpat France, acaba de lançar uma campanha de prevenção antes da Copa do Mundo no Brasil, com foco nos torcedores. Mais de 600 mil turistas são aguardados para o evento, o que aumenta os riscos da exploração sexual de crianças e adolescentes.

Membros da associação Ecpat France junto com representantes brasileiros e franceses na defesa da criança e na luta contra a prostituição.
Membros da associação Ecpat France junto com representantes brasileiros e franceses na defesa da criança e na luta contra a prostituição. Facebook Ecpat
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Colaboração de Mélanie Nunes para a RFI

A Copa do Mundo de futebol só começa daqui a nove meses, mas as associações que lutam contra a prostituição infantil já estão se mobilizando.

Para Philippe Galland, diretor-executivo da Ecpat França, “o Brasil é um país que enfrenta há muito tempo o problema da prostituição infantil. De acordo com a Unicef, entre 300 e 500 mil crianças seriam exploradas sexualmente no país, principalmente nas regiões Nordeste e Sudeste.”

Devido ao fluxo intenso de turistas, a Copa do mundo resulta em um aumento da prostituição infantil. "Nós não tentamos necessariamente culpabilizar os torcedores, mas sim explicar a eles que algumas situações podem aumentar este risco”, diz Galland.

Monitoramento

Como a França adotou uma lei segundo a qual um francês que comete o crime de abuso de menores no exterior pode ser preso e repatriado, “o que acontecer no Brasil não ficará no Brasil”, confirma Galland.

O turista francês receberá vídeos e folhetos explicativos durante toda a sua viagem. "Do aeroporto na França até o hotel no Brasil, o turista terá informações sobre o assunto, com dicas de lugares turísticos, bares ou táxis”, afirma ele.

Outro dispositivo será montado pela polícia, que vai coletar na Internet e nas redes sociais informações sobre os turistas que possam estar abusando de crianças.

A sociedade civil também será mobilizada, como foi o caso na Copa da África do Sul, onde "escolas permaneciam abertas para evitar que as crianças e jovens ficassem expostas nas ruas", disse Galland.

Por enquanto, a FIFA e a Federação Francesa de Futebol ainda não apoiaram esta campanha de prevenção.
 

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