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Protestos

Rio faz reunião de emergência após nova onda de protestos

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), realiza nesta quinta-feira, às 8h (horário de Brasília), uma reunião de emergência para discutir medidas de segurança após protestos contra seu governo se espalharem pela capital fluminense na noite de ontem, com atos de vandalismo. Uma das preocupações do governo é com a chegada do papa Francisco à cidade, na segunda-feira.

Polícia Militar usa bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha para dispersar os manifestantes que protestavam próximo à casa do governador do Rio, Sérgio Cabral.
Polícia Militar usa bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha para dispersar os manifestantes que protestavam próximo à casa do governador do Rio, Sérgio Cabral. REUTERS/Lucas Landau
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Cerca de mil manifestantes se reuniram em frente ao edifício em que mora o governador para protestar contra sua administração, pedindo apuração de denúncias de corrupção e criticando os gastos com a Copa do Mundo do ano que vem.

Os protestos se espalharam pelos bairros de Ipanema, Leblon e Barra da Tijuca. Uma manifestação na favela da Rocinha, contra o desaparecimento de um morador preso pela polícia, fechou uma das principais vias da cidade.

Grupos atearam fogo em barricadas de lixo, fecharam ruas, jogaram pedras na polícia, saquearam lojas e depredaram agências bancárias. No total, 16 pessoas foram detidas e seis foram enquadradas sob suspeita de formação de quadrilha, tendo sido libertadas após pagar fiança.

Ontem, Cabral disse que os protestos são uma tentativa de seus opositores de antecipar as eleições do ano que vem. Adversários do governador, como o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o vereador Cesar Maia (DEM), rechaçaram estar por trás das manifestações ou usarem os atos com intenções eleitorais.

O governo se preocupa com a intensificação dos protestos às vésperas da chegada do papa Francisco ao Rio. Na internet, um grupo convocou uma manifestação para a segunda-feira em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, durante reunião da presidente Dilma Rousseff com o pontífice.

Antes dos protestos se intensificarem no Rio, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que trata da interlocução do governo com movimentos sociais e igrejas, disse que quem fará a segurança do papa será o “povo”. Já os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Defesa, Celso Amorim, defenderam que o Vaticano aceite um maior aparato de segurança para Francisco.
 

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