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Massacre do Carandiru

Imprensa internacional destaca condenação de réus do massacre do Carandiru

A imprensa internacional repercutiu a condenação de 23 dos 26 policiais militares acusados pela morte 13 detentos da Casa de Detenção do Carandiru em 1992. No massacre, mais de uma centena de detentos foi brutalmente assassinada.

O juiz José Augusto Nardy Marzagão que deferiu a sentença contra policiais acusados do massacre do Carandiru.
O juiz José Augusto Nardy Marzagão que deferiu a sentença contra policiais acusados do massacre do Carandiru. Marcelo Camargo/ABr
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Os réus foram condenados a 156 de prisão pela morte de 13 dos 111 detentos durante a invasão da Casa de Detenção do Carandiru, em outubro de 1992, em São Paulo. A sentença foi proferida nesta madrugada pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. Mas, como destaca a imprensa internacional, a sentença pode não se traduzir em uma detenção imediata dos acusados.

O jornal francês Le Monde noticia que os policiais militares responsáveis pelos crimes poderão recorrer em liberdade e não têm prazo para cumprirem a pena. Entrevistado pelo jornal, Marcos Fuchs, diretor de Conectas, organização de defesa de direitos civis, argumentou que é « pouco provável que os condenados passem seus dias atrás das grades por causa dos inúmeros recursos possíveis”.

O site do Courrier International destaca a lentidão da justiça brasileira e revela que « outros 53 policiais aguardam julgamento ». Essa também é a tônica do jornal português Público. “O caso do Massacre de Carandiru é tão complexo que só 26 dos 83 acusados estão atualmente a ser julgados”, destaca o diário.

Já a agência de notícias AFP associa o massacre da prisão paulista ao recrudescimento do crime organizado no Brasil. Na esteira da chacina, alguns sobreviventes, que pertenciam a quadrilhas rivais, se uniram e fundaram o PCC (Primeiro Comando da Capital), um dos pricipais grupos criminosos do Brasil acusado de ter planejado o assassinato de José Ismael Pedrosa, diretor no presídio na época do massacre.
 

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