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Santa Maria/Tragédia

Dez dias depois de incêndio, Santa Maria tenta voltar à rotina

Dez dias após a pior tragédia já vivida no Rio Grande do Sul, aos poucos a cidade de Santa Maria volta à rotina. Na última segunda-feira foram retomadas as atividades na Universidade Federal de Santa Maria, que perdeu mais de 140 alunos no incêndio.

O Culto Ecumênico realizado na segunda-feira na UFSM, na retomada das aulas.
O Culto Ecumênico realizado na segunda-feira na UFSM, na retomada das aulas. http://www.ufsm.br/Tainan Pauli
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Com a colaboração de Lucas Besse, especial para a RFI

Em entrevista a Rádio França Internacional, o estudante de Relações Internacionais da UFSM, José Luiz Dellinghausen diz que o clima continua muito triste tanto na cidade como no campus da faculdade. No entanto ele acredita que aos poucos a cidade vai voltando ao normal: "no início era horrível sair de casa, as pessoas choravam na rua. Era possível ver a tristeza na cara delas, isto está diminuindo. Mas é impossível dizer se ela voltará a ser como antes"

A universidade, que perdeu muitos alunos sabe da dificuldade que irá enfrentar nessa volta às aulas, e está oferecendo ajuda psicológica aos alunos. A reitoria montou um centro de acolhimento no campus com professionais da área de saúde para quem precisar, estudantes ou funcionários. De acordo com José Luiz a reitoria deu carta branca aos professores sobre o método que irão adotar a partir de agora "quer fazer prova faz, não quer não faz". O estudante ainda destacou que muitos professores vão cancelar suas aulas. "Alguns professores já decidiram cancelar suas aulas neste semestre e vai ser isso que a maioria dos professores deve fazer, poucos vão dar aula" disse José Luiz.

Outro sinal que mostra que Santa Maria está aos poucos voltando à sua rotina é a diminuição de homenagens e protestos. De acordo com José Luiz provavelmente ainda vão continuar algumas homenagens por um certo tempo, mas com um porte menor "Elas não serão tão grandes como as que ocorreram, que já chegaram a juntar mais de 35 mil pessoas". O jovem ainda citou como exemplo as redes socias que se mobilizaram bastante sobre e tragédia "no começo eu recebia muitos convites no Facebook sobre protestos ou homenagens às vítimas, agora se eu olhar meus eventos não tenho nada relacionado a isso".

Até o momento o incêndio na madrugada do dia 27 de janeiro na boate Kiss, já provocou 237 mortes e 85 pessoas continuam internadas em hospitais com problemas de respiração e queimaduras.
 

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