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Brasil/tragédia

Tragédia em Santa Maria causa mais uma vítima

O incêndio na bote Kiss, em Santa Maria (RS), deixou mais uma vítima, subindo para 236 o número de mortos na tragédia. Nesta quinta-feira, Rafael Raschen, 20 anos, estudante de Tecnologia de Alimentos da UFSM, morreu no hospital, vítima de graves queimaduras e de intoxicação. O enterro acontece nesta sexta-feira.

Torcedores do Grêmio prestam homenagem às vítimas do incêndio de Santa Maria
Torcedores do Grêmio prestam homenagem às vítimas do incêndio de Santa Maria Reuters
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Durante o incêndio na boate Kiss na madrugada de domingo, o estudante gaúcho teve graves queimaduras de segundo e terceiro grau e problemas respiratórios, por conta da inalação da fumaça. O estado de Rafael piorou nesta quinta-feira e sua pressão arterial subiu, segundo informações dos médicos divulgadas pela imprensa brasileira. O velório acontecerá no final da tarde desta sexta-feira, em Santa Cruz, terra natal de Rafael, no cemitério municipal.

A maior parte das vítimas de Santa Maria que estão internadas em diversos hospitais da capital sofrem problemas respiratórios por conta da inalação da fumaça. Em entrevista à RFI, o o chefe do setor de cirurgia plástica da Santa Casa de Porto Alegre, Pedro Bins Ely, disse que as lesões pulmonares fragilizam os pacientes que sofrem de queimaduras, e antes de tratar o ferimento, é preciso estabilizar o quadro. Diversos países enviaram pele para o Rio Grande do Sul para atender os feridos.

A tragédia de Santa Maria teve repercussão em todo o mundo. O fogo na boate Kiss começou quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira acendeu um sinalizador para fazer um show pirotécnico. As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico, e em cerca de três minutos as chamas se espalharam. A festa, organizada por alunos da Universidade Federal de Santa Maria, tinha 2 mil pessoas, mas a boate tinha capacidade para apenas cerca de 600, segundo as autoridades.

O estabelecimento não tinha porta de emergência e os extintores não funcionavam. A porta de entrada funcionava como porta de saída, dificultando a evacuação dos clientes -a maior da vítimas morreu asfixiada. Os donos da boate, Elissandro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e e o cantor da banda, Luciano Bonilha, tiveram a prisão temporária decretada nesta segunda-feira. O Ministério Público pediu a prorrogação da detenção por mais 30 dias.
 

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