Técnicos brasileiros discutem em Paris o caso de vaca louca no Brasil
Representantes do ministério brasileiro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se encontram nessa sexta-feira em Paris com o chefe da Organização Internacional para a Saúde Animal. A comitiva está na capital francesa para discutir a descoberta de um caso de contaminação pelo mal da vaca louca no Brasil. Seis países já embargaram a importação de carne brasileira na última semana.
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Os representantes de Brasília se encontram durante a manhã dessa sexta-feira com o diretor-geral da Organização Internacional para a Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, para discutir a descoberta de um caso de contaminação pelo mal da vaca louca, ocorrido no interior do Paraná. Na semana passada, Vallat afirmou que o consumo da produção brasileira não estava ameaçado e reiterou que o Brasil oferece “risco ingnificante” em relação à encefalopatia espongiforme bovina, nome científico da anomalia. O caso foi registrado em 2010, em uma vaca de uma propriedade de Sertanópolis. O animal não chegou a desenvolver a doença – em uma contaminação considerada “atípica” pelas autoridades brasileiras - e morreu aos 13 anos, por outra razão.
Dois técnicos brasileiros já estão em Paris desde quarta-feira para explicar à organização – e aos países compradores – como a ameaça foi controlada. Uma comissão da OIE vai avaliar em fevereiro se o risco relativo à produção bovina no Brasil precisará ser revisto, durante uma visita que já estava prevista ao país.
Assustados, seis países já suspenderam ou reduziram a compra de gado brasileiro: Egito, a Arábia Saudita, a Coreia do Sul, o Japão, a África do Sul e a China. Todos Os egípcios são os terceiros maiores importadores da carne produzida no Brasil, que é o vice-líder mundial no setor. Neste ano, 138 países compraram carne bovina brasileira – além do Egito, os maiores importadores são Rússia, Hong Kong e União Europeia.
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