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França/Brasil

França vai ter que esperar para vender Rafale ao Brasil

O ministro brasileiro da Defesa anunciou, em entrevista concedida à imprensa norte-americana, que Brasília vai suspender temporariamente a substituição de seus aviões de combate por razões financeiras. A notícia é um balde de água fria para o construtor francês Dassault, que espera há anos uma decisão do Brasil sobre a possível compra de seus caças Rafale.

Caça Rafale espera há anos fazer parte do plano de renovação dos aviões de combate brasileiros.
Caça Rafale espera há anos fazer parte do plano de renovação dos aviões de combate brasileiros. © Dassault Aviation - V. Almansa
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Em entrevista publicada nessa sexta-feira no Wall Street Journal, o ministro brasileiro da Defesa anunciou a suspensão da substituição dos aviões de combate do país. “O projeto não foi abandonado. Haverá uma decisão na hora certa, mas por enquanto eu prefiro não dar uma data” exata, disse Celso Amorim ao diário econômico.

Segundo o ministro, a decisão é uma conseqüência do contexto financeiro atual. “A situação econômica tomou um rumo menos favorável que previsto e exige prudência”, explicou Amorim ao jornal norte-americano. 

A notícia não deve agradar o construtor francês Dassault Aviation, que tenta há anos vender 36 caças Rafale para o Brasil, em um contrato estimado em cinco bilhões de dólares (cerca de 10 bilhões de reais). O avião de guerra da empresa francesa concorre com os modelos Saab, da sueca Gripen, e o F/A-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, mas Paris foi várias vezes apontada como favorita. Em 2010, durante um encontro entre os então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, o brasileiro se mostrou mais inclinado pelos caças da Dassault, mesmo se os analistas consideram os dois outros concorrentes mais baratos.

“Eu não diria que uma empresa ou outra seja favorita. A questão é saber quando o faremos e, nesse momento, examinaremos novamente as propostas. Há uma necessidade de renovar a frota, mas é preciso responder em função das possibilidades do país”, esclareceu Amorim. A Força Aérea brasileira pede a cada seis meses que os construtores renovem seu interesse pela concorrência, prolongando suas propostas.

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