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Brasil/Economia

Gigantismo da Petrobras é destaque no jornal Le Monde

Para começar o ano com um retrato promissor da economia brasileira, o jornal Le Monde publica uma entrevista com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Segundo o jornal, "o feliz presidente executivo de uma das cinco maiores empresas do mundo não teme uma retração dos investimentos em 2012". "É certo que as linhas de crédito vão diminuir na Europa, o que nos obriga a buscar dinheiro em outras regiões", afirma o executivo.

Plataforma de petróleo da Petrobras no litoral do Rio.
Plataforma de petróleo da Petrobras no litoral do Rio. @Petrobras
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De acordo com o Le Monde, a Petrobras se tornou o motor da economia brasileira. Basta analisar três números citados por José Sergio Gabrielli para entender por que: 90% da produção de petróleo vem do Brasil, mais de 80% das vendas são destinadas ao consumo interno e 80% dos ganhos da empresa são provenientes do mercado local, em plena expansão. "Nossa atividade ajuda a desenvolver toda a cadeia industrial do país e forma, como num círculo, um sistema de trocas econômicas integradas", explica Gabrielli ao correspondente do Le Monde no Rio de Janeiro.

O jornal francês lembra que em 2010 a Petrobras realizou o maior levantamento de capital em bolsa já realizado por uma empresa na história do capitalismo moderno, no valor de 70 bilhões de dólares. Esse montante, integrante de um programa de financiamento global de 224,7 bilhões de dólares de investimentos de 2011 a 2015, é maior do que o orçamento usado pela Nasa, a agência especial americana, para levar o homem à Lua na década de 60. 

Com a exploração do pré-sal, nos próximos dez anos "a maior empresa da América Latina poderá se tornar a maior do mundo, à frente das americanas ExxonMobil ou Apple", estima o Le Monde. Para dar uma ideia do potencial da Petrobras, o jornal revela que a empresa possui atualmente 26 bilhões de dólares líquidos em caixa, uma quantia suficiente para encarar o futuro com tranquilidade. Gabrielli lembra que a exploração do pré-sal vai triplicar as reservas de petróleo do país e duplicar a atual produção, o que poderá fazer do Brasil, em 2030, o quatro maior produtor de petróleo do mundo.

O executivo diz não estar preocupado com a queda da demanda na Europa ligada à crise econômica. O consumo vai aumentar na China, na Índia, na África e na América do Sul, o que garante as vendas da Petrobras para o exterior. Na verdade, só o consumo do Brasil já alimenta um círculo virtuoso capaz de assegurar a perenidade da empresa. Essa particularidade distingue a Petrobras de seus concorrentes e é uma vantagem para o Estado brasileiro, que detém 54% dos direitos de voto na empresa.

A única sombra nessa imagem grandiosa da Petrobras foi o vazamento provocado pela americana Chevron, no litoral do Rio de Janeiro, em novembro passado. Esse assunto o presidente da Petrobras se recusou a comentar na entrevista ao Le Monde. "Eles são nossos sócios em algumas regiões do pré-sal", se limitou a dizer Gabrielli. O jornal sublinhou que as autoridades brasileiras "ficaram furiosas com o incidente".

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