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Mú Carvalho, da Cor do Som, fala de projetos em Paris e da conquista do Grammy

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Com 45 anos de carreira, o grupo “A Cor do Som” ganhou, recentemente, o Grammy Latino com o disco “Álbum Rosa” que foi lançado no ano passado nas plataformas digitais e que acaba de ganhar uma versão em vinil. O grupo abre o Festival Sunset Music Brazil, em Portugal, nesta terça-feira (9) e prepara uma série de shows pelo Brasil.

O músico Mú Carvalho
O músico Mú Carvalho © RFI
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Pianista, compositor, produtor musical e um dos fundadores da “Cor do Som”, Mú Carvalho fala da alegria ao conquistar o prêmio, que ele considera o “Oscar” da cena musical: “Esse reconhecimento do nosso trabalho é uma felicidade imensa e de uma importância gigante”.  

Ele conta ainda que o “Álbum Rosa” surgiu com a ideia de se fazer uma releitura da apresentação do grupo no Festival de Montreux, na Suíça, em 1975. “A Cor do Som” foi o primeiro grupo brasileiro a se apresentar no evento e, na época, foi gravado um disco ao vivo, que é, até hoje, cultuado pelos fãs da banda.

“A ideia de gravar um disco todo instrumental foi exatamente para contrapor ao disco anterior, pelos nossos 40 anos, que foi todo cantado e que teve a participação de vários convidados. Depois pensamos em fazer uma releitura de estúdio daquele repertório de Montreux, mas quando começamos a selecionar as músicas, vimos que algumas não valiam ser trazidas para a nossa realidade de agora. Então escolhemos músicas importantes, que são o suprassumo do nosso repertório instrumental”, contou.

O álbum premiado tem outro diferencial: a capa do disco é inspirada em telas pintadas pelo próprio artista e por seu irmão, o também músico da “Cor do Som”, Dadi Carvalho. Mú conta que Batman Zavareze, convidado para fazer a arte gráfica do disco, soube que os irmãos pintavam e pediu para ver alguns quadros.

“Ele escolheu um pedaço de um quadro meu e um detalhe de um quadro do Dadi e fez uma superposição. E ficou com esse resultado lindo. E o que aconteceu foi que ainda estávamos pensando no nome desse disco e quando vimos o resultado do trabalho do Batman, esse rosa, eu lembrei do Álbum Branco dos Beatles e pensamos que ‘Álbum Rosa’ seria um nome bonito”, explicou.

Homenagem a Caetano Veloso

Mú Carvalho deu detalhes ainda de um projeto pessoal que acaba de lançar. “O Trem das Cores” é uma homenagem aos 80 anos de Caetano Veloso e surgiu de ensaios e experiências realizadas durante a pandemia.

“Foram dias e meses em que fiquei muito em contato com o meu instrumento, que é o piano e eu comecei a tocar coisas que eu gostava de ouvir. E Caetano sempre foi um dos meus ídolos. De repente, quando eu vi, eu já estava com umas cinco ou seis músicas dele e comecei a preparar uns arranjos mais à sério. Resolvi ir para o estúdio e ficou muito interessante. É um trabalho que me deixou muito feliz”, contou.

Projetos na França

Passando uma temporada mais frequente em Paris, Mú Carvalho conta que tem o sonho de fazer música para cinema por aqui, além, é claro, de se apresentar pela capital francesa.

“Paris é o berço do jazz, tem uma história linda com a música americana e com a música brasileira, abriu os braços para a bossa nova e para o jazz de um jeito tão bonito. A quantidade de casas de jazz que a cidade possui é algo muito envolvente e eu queria começar a entrar nesse circuito também, finaliza.

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