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Startup brasileira ganha prêmio da Unesco por projeto que ensina mulheres a programar

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Neste ano, o prêmio da Unesco pela educação de meninas e mulheres será concedido a uma startup social brasileira. A Reprograma, de São Paulo, receberá US$ 50 mil por seu projeto de ensino de programação para mulheres e sua inserção no mercado de tecnologia. "Nosso objetivo é trazer mais diversidade para a área de tecnologia brasileira", explica Mariel Reyes Milk, diretora da empresa.

Foto tirada durante a Formatura da Turma de Front-end de Dezembro de 2019
Foto tirada durante a Formatura da Turma de Front-end de Dezembro de 2019 © Arquivo pessoal
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O projeto "Reprogramar o setor de tecnologia do Brasil" começou em 2016, em São Paulo, com aulas gratuitas para ensinar a programação a meninas e mulheres de baixa renda, com atenção particular à população negra e transgênero.

O objetivo final é trazer mais diversidade para esse setor: as mulheres são apenas 13% dos alunos em cursos de ciências da computação e quase metade delas acaba desistindo.

“Esse é um desafio no Brasil e no mundo inteiro. A sociedade fala para essas meninas, desde muito pequenas, que as ciências, a computação e outras áreas de tecnologia não são para elas. A solução para isso é mudar a forma como as adolescentes percebem essas áreas", resume Reyes Milk.

Em cinco anos, o projeto já beneficiou cerca de 10 mil mulheres em todo o Brasil, atendidas agora também por cursos online.

O Reprograma ainda ajuda essas mulheres a encontrarem emprego na área. "Achamos empresas que estão interessadas em aumentar a diversidade de suas equipes, formamos essas mulheres ao longo de 18 semanas e apresentamos para essas empresas", conta Reyes Milk.

“Nosso objetivo é fechar completamente esse ciclo. Além disso, muitas dessas mulheres que formamos estão agora voltando para a Reprograma como professoras, então estamos também aumentando o número de professoras”, diz.

Prêmio dividido com Moçambique

A cerimônia oficial de entrega do prêmio acontece nesta sexta-feira (15), de forma virtual por conta da pandemia. 

Além da startup brasileira, também será premiado um projeto de Moçambique, Girl Move, que promove rodas de conversa e mentoria entre meninas.

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