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Linha Direta

Guerra da Ucrânia é principal tema de reunião de líderes mundiais na Alemanha

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A guerra da Ucrânia é o assunto principal da Conferência de Segurança de Munique, encontro anual que começa nesta sexta-feira (17) no sul da Alemanha. E, pela segunda vez consecutiva, não haverá delegação russa presente neste que é o principal fórum mundial sobre estratégia de segurança.

O encontro reúne, até o domingo, carca de 150 representantes de governos do mundo todo, incluindo 45 chefes de Estado e de governo.
O encontro reúne, até o domingo, carca de 150 representantes de governos do mundo todo, incluindo 45 chefes de Estado e de governo. AP - Michael Probst
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Marcio Damasceno, correspondente da RFI em Berlim

A Rússia não foi convidada para o evento de três dias na capital da Baviera. No ano passado, houve o convite, mas o ministro do exterior russo, Serguei Lavrov, decidiu não ir a Munique. Quatro dias depois do fim do evento na Alemanha, a Rússia invadiu a Ucrânia.

No ano passado, Moscou não enviou uma delegação oficial a Munique pela primeira vez em 30 anos. O Kremlin alegou que o encontro tinha deixado de ter importância como um painel de visões globais, para se tornar uma reunião de aliados ocidentais com uma visão unilateral de mundo.  A posteriori, analistas interpretaram a recusa russa como um sinal de que a decisão de lançar a invasão sobre a Ucrânia já estava tomada, já que ela ocorreu quatro dias depois do final do evento.

O encontro de 2022 ocorreu num momento em que tropas russas se acumulavam junto às fronteiras ucranianas e líderes ocidentais alertavam para as consequências que Moscou sofreria caso invadisse a Ucrânia

Dessa vez, os organizadores decidiram não convidar representantes de Moscou, afirmando que a medida visa evitar dar um palco para o discurso do presidente russo, Vladimir Putin, que continua, segundo eles, "negando o direito de existência da Ucrânia".

Também não foram convidados representantes do Irã, por causa da violenta repressão do regime de Teerã aos protestos antigovernamentais no país.

Nesta edição da conferência, os líderes mundiais têm que lidar com as consequências da decisão de Putin de ignorar os apelos ocidentais e começar essa guerra, a mais devastadora na Europa desde o fim da Segunda Guerra.

Eles têm que responder questões como a continuidade do apoio militar a Kiev, as possibilidades europeias para aumentar suas próprias capacidades militares e sobre até que ponto a Europa pode confiar nos Estados Unidos quando se trata da segurança do continente.

Presença dos principais líderes ocidentais

O encontro reúne, até o domingo, cerca de 150 representantes de governos do mundo todo, incluindo 45 chefes de Estado e de governo.

Além do chanceler alemão ,Olaf Scholz, e da ministra do Exterior da Alemanha, Annalena Baerbock, confirmaram presença em Munique o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, já chegou à Alemanha. Ela lidera a maior delegação americana já presente em Munique, que inclui o secretário de Estado Antony Blinken e um terço dos membros do Senado americano.

Outras presenças importantes são as do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg e do ministro do Exterior da Ucrânia, Dmytro Kuleba. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, não vem a Munique, mas discursa no evento por vídeoconferência.

Encontros e alto nível

Os encontros bilaterais e multilaterais são parte importante desse fórum em Munique. E a situação na Ucrânia vai ser ponto central nessas reuniões. Segundo informação da Casa Branca, Kamala Harris deve se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para discutir os próximos passos para apoiar a Ucrânia no campo de batalha e para impor maiores custos à Rússia.

Kamala Harris também deve ter uma reunião com os primeiros-ministros da Finlândia e da Suécia, para expressar o apoio de Washington aos pedidos de adesão desses países à Otan e que atualmente entrentam entraves dos governos da Turquia e da Hungria.

Relação EUA-China

O chefe diplomacia chinesa, Wang Yi, confirmou presença em Munique. Isso levanta a possibilidadde de um encontro com o americano Antony Blinken.

A reunião aconteceria duas semanas depois que os Estados Unidos derrubaram um suposto balão espião chinês na costa da Carolina do Sul. O incidente levou Blinken a cancelar uma visita a Pequim e tensionou ainda mais as relações entre Estados Unidos e China. Mas o Departamento de Estado americano disse no início desta semana que nenhuma reunião entre os dois estava agendada em Munique.

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