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Linha Direta

Biden e lideranças democratas intensificam campanha para não perder maioria no Congresso

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A quatro dias das eleições de meio mandato nos Estados Unidos, democratas e republicanos trabalham para conquistar votos na final, antes do dia D, na terça-feira, 8 de novembro. O presidente Joe Biden viaja pelo país e, paralelamente, nomes de peso como Barack Obama e Hillary Clinton, tentam motivar eleitores democratas a comparecerem as urnas. 

O presidente Joe Biden esteve na Flórida para apoiar os candidatos democratas à Câmara dos deputados e ao Senado (1/11/22).
O presidente Joe Biden esteve na Flórida para apoiar os candidatos democratas à Câmara dos deputados e ao Senado (1/11/22). AP - Evan Vucci
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O resultado dessa disputa redefinirá a configuração no Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado e, além disso, também serão eleitos governadores e procuradores gerais. O pleito pode mudar completamente o jogo político no país. Começando pelos estados, 36 dos 50 terão eleições para governadores, ou seja, haverá uma troca de 70% na atual configuração. No Legislativo, a Câmara elegerá 435 deputados, com mandatos de 2 anos. Para o Senado são 35 vagas, um terço dos senadores do total de 100, já que o mandato é de 6 anos.

Atualmente, o presidente Joe Biden tem amplo apoio nas duas casas. Na Câmara, o partido Democrata tem 220 cadeiras, contra 212 de representantes do partido Republicano. No Senado também, embora os democratas tenham 48 senadores e os republicanos tenham 50. Isso porque Biden consegue a maioria graças ao apoio que tem de dois senadores independentes aliados, e da vice-presidente Kamala Harris, que tem direito a voto no Senado.

Liderança em risco

Historicamente nos Estados Unidos, as eleições de meio mandato, também chamadas de intercalares, são conhecidas por trazerem sempre uma troca de cadeiras que desfavorece o partido que está no poder. Desde 1860, somente 3 de 40 eleições de meio mandato tiveram resultados favoráveis para o partido que estava no poder.

E o resultado delas sempre serve para medir a temperatura política no país, já definindo um possível cenário para disputa majoritária nas eleições presidenciais daqui a dois anos. Além disso, isso pode impactar e afetar projetos prioritários para Joe Biden, porque uma nova formação nas duas casas influencia muito o tratamento de temas como aborto, migração, porte de armas e mudanças climáticas.

O que preocupa os democratas é a impopularidade de Biden - pesquisas recentes apontam que o governo dele é desaprovado por mais de 54% dos norte-americanos.  Há uma insatisfação no país, sobretudo devido à alta inflação, à crise imigratória e aumento da criminalidade em alguns estados. Segundo as pesquisas, existe uma chance real de que o partido Republicano conquiste a maioria do Congresso.

Por causa disso, Biden intensificou a campanha nessa reta final, viajando por estados em busca de votos. Ele participou nesta quinta-feira (3) de um comício no Estado do Novo México, onde promoveu seu plano de perdão de dívidas para estudantes universitários. Do mesmo modo, outros nomes, como o ex-presidente Barack Obama, que esteve no Arizona, e a vice-presidente Kamala Harris e a ex-candidata presidencial Hillary Clinton, que tiveram agenda em Nova York.

Estratégia de Trump

Dentro do partido Republicano há um certo conflito, porque o maior puxador de voto, o ex-presidente Donald Trump, não agrada as lideranças tradicionais do partido, mas é ele quem tem conseguido trazer eleitores e inclusive nomes que ele apoiou foram escolhidos para a disputa nas prévias dentro do partido.

O ex-presidente Trump esteve na noite de quinta-feira no estado de Iowa. No sábado, ele estará na Pensilvânia assim como Biden e Obama. Junto aos seus apoiadores, Trump e os candidatos que ele apoia têm disseminado bastante o discurso de uma possível fraude eleitoral.  Segundo levantamento da imprensa local americana, 300 candidatos republicanos usam a teoria de uma fraude eleitoral, ainda que analistas, entidades do poder público e observadores reforcem a segurança do processo.

O próprio presidente Biden falou nesta quinta-feira que negar resultados eleitorais colocam em risco a democracia e que isso representa, nas palavras dele, um caminho para o caos.

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