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Linha Direta

Candidatos às eleições brasileiras ganham apoio de líderes políticos na Europa

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A três dias do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, os candidatos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), continuam recebendo apoio de líderes políticos europeus. O mundo está de olho nas eleições do próximo domingo (30), no Brasil.

Em Brasília, imagens dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro aparecem lado a lado nas mercadorias de ambulantes (20/09/22).
Em Brasília, imagens dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro aparecem lado a lado nas mercadorias de ambulantes (20/09/22). AP - Eraldo Peres
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Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que é líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, que disputa no próximo domingo o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. Em sua declaração, Sánchez afirmou que “o Brasil merece esta perspectiva de progresso. O Brasil merece Lula. Este é o momento de abrir a porta da esperança.”

O chefe do governo espanhol também acrescentou que “o Brasil é a maior economia da América Latina e a sua voz é essencial face aos grandes desafios que nos unem. Uma voz de abertura ao mundo, não de desconfiança. De esperança e não de medo, de compromisso com a igualdade e não da aceitação da desigualdade. Contra os que pregam o ódio e o negacionismo climático. Contra aqueles que querem um Brasil isolado e fechado”.

O premiê espanhol ressaltou que o triunfo de Lula será dos progressistas de todo o mundo. Outro apoio ao candidato petista veio do primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Enquanto secretário-geral do Partido Socialista (PS), ele disse ter saudades das relações de proximidade entre os dois países. “O Brasil e o mundo precisam de Lula da Silva. Lula conte comigo”, declarou Costa.

Apoio de Roma

Durante a tradicional saudação a peregrinos que acontece toda semana na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco mandou uma mensagem para o Brasil, na última quarta-feira. O chefe da Igreja Católica afirmou que roga à padroeira brasileira para livrar a população do ódio. “Rezo para que Nossa Senhora Aparecida proteja e cure o povo brasileiro. Que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, pediu o pontífice. A declaração ganha peso por ser feita a pouco dias do segundo turno das eleições presidenciais.

No Brasil, casos de agressão à padres católicos motivados por convicções políticas têm aumentado. Recentemente, o arcebispo metropolitano de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Scherer, foi alvo de ataques bolsonaristas nas redes sociais. Ele foi criticado e chamado de “comunista” por usar roupas vermelhas. Há séculos os cardeais se vestem de vermelho, que é a cor do sangue derramado por Cristo e, como explicou Dom Odilo, “simboliza o amor à Igreja e prontidão ao martírio, se for preciso”.

De Roma, a candidatura de Lula ganhou outro apoio, o do prefeito da cidade, Roberto Gualtieri, que afirmou que na “cidade eterna” todos estão torcendo para o petista voltar “a guiar esse grande país amado por todos os italianos”. “Força, Lula. No dia 30 de outubro, você tem que ganhar e levar a cumprimento sua histórica missão para um Brasil mais próspero, mais unido, mais justo”, declarou.

Preocupação da comunidade internacional

Antes mesmo do primeiro turno das eleições presidenciais, ex-dirigentes europeus de diversas tendências políticas assinaram um manifesto em apoio à eleição de Lula. Encabeçado pelo ex-presidente da França François Hollande e o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero, o documento afirma que “quando a democracia está em perigo, todos os democratas devem se unir para derrotar a extrema direita”.

Para evitar o chamado “cenário Capitólio” neste domingo, o correspondente em Genebra, Jamil Chade, colunista do UOL, adianta que a ordem em diversas capitais estrangeiras é de já preparar os telegramas de felicitação para que o vencedor da eleição receba rapidamente a chancela dos líderes. Esta estratégia foi usada nos EUA quando o presidente Joe Biden ganhou as eleições e sufocou a operação de Donald Trump para questionar os resultados das urnas e incentivar seus apoiadores a criar tumultos e caos.

Na Europa, os únicos políticos que enviaram mensagens de apoio para o presidente Jair Bolsonaro foram o primeiro-ministro da Hungria e líder ultranacionalista do Fidezs, Viktor Orbán, o deputado português e líder do partido de extrema direita Chega, André Ventura, e o deputado espanhol e líder ultradireitista do Vox, Santiago Abascali.

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