Veja como será o funeral da rainha Elizabeth II nesta segunda-feira
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O caixão com o corpo da rainha deixa o Westminster Hall às 10h44 (horário local) desta segunda-feira (19). Acompanhada pelo rei Charles III e outros membros da família real, a procissão segue até a Abadia de Westminster, área do Parlamento Britânico. Um dos sinos da abadia, onde são realizadas as coroações, os casamentos e os enterros dos monarcas britânicos há mil anos, vão tocar 96 vezes - a idade da rainha na data de sua morte há onze dias.
A cerimônia fúnebre começa por volta das 11h no horário de Londres ( 7h em Brasília), celebrada pelo deão de Westminster, David Hoyle e com sermão de Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana. Por volta das 11h55, soará a melodia "Las Post", usada em funerais militares das nações da Commonwealth.
No final desta cerimônia, que vai durar cerca de uma hora, o país inteiro vai realizar dois minutos de silêncio. Em seguida, o caixão da rainha será levado em uma montaria especial pelas ruas de Londres até o Wellington Arch, na capital britânica, acompanhado de 6.000 militares.
O corpo da monarca será então transportado de carro até o Castelo de Windsor, que fica a cerca de 35 quilômetros de distância de Londres.O corpo deve chegar exatamente às 15h06. A procissão começará na Albert Road e passará por Long Walk, Cambridge Gate, Cambridge Drive, George IV Gate, Quadrangle, Engine Court, Norman Arch, Chapel Hill, Parade Ground e Horseshoe Cloister Arch, antes de chegar ao Castelo.
Uma nova cerimônia pública acontecerá no castelo de Windsor, apenas para os familiares, funcionários da Casa Real, Governadores Gerais e primeiros-ministros. A cerimónia será conduzida pelo deão de Windsor e o arcebispo da Cantuária também estará presente.
A rainha será enterrada, às 19H30 no horário local (15h30 em Brasilia) na Capela Rei George VI. Seus restos mortais repousarão ao lado do marido, o príncipe Philip, que faleceu no ano passado, e com quem ela ficou casada por 73 anos.
Evento do século
O funeral está sendo chamado de “evento do século” pela imprensa britânica. A expectativa é que um milhão de pessoas acompanhem a cerimônia em Londres. Telões foram instalados nos arredores do Palácio de Buckingham, mas muita gente também vai se reunir em catedrais, parques e até pubs pelo resto do país. A segurança foi reforçada para a passagem do caixão. A operação que visa evitar atentados e outros incidentes é considerada a mais importante já planejada na capital britânica.
Cerca de duas mil pessoas, entre monarcas e líderes do mundo inteiro, foram convidadas para o funeral. Entre eles, o presidente americano, Joe Biden, o francês, Emmanuel Macron, representantes da realeza da Espanha, Suécia, Luxemburgo, Mônaco, além do imperador japonês Naruhito. O presidente Jair Bolsonaro, chegou na manhã deste domingo (18) a Londres.
Bolsonaro participou de uma recepção da família real britânica organizada para todos os líderes e representantes convidados ao funeral. E, ao lado da primeira-dama Michelle, assinou o livro de condolências à rainha Elizabeth II. De Londres, o presidente brasileiro embarca para Nova York, onde participará da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Emoção
O funeral da rainha é um momento de grande emoção para a população. Desde o dia da morte de Elizabeth II, em 8 de setembro, o clima é de despedida. Centenas de milhares de pessoas prestam homenagem à soberana no Westminster Hall, onde ocorreu até as 6 horas da manhã desta segunda-feira o velório da rainha e onde o corpo foi exposto durante cinco dias, 24 horas por dia.
Algumas pessoas esperaram até 24 horas nas filas de espera formadas à beira do rio Tâmisa. Em todo o país, a população colocou flores e deixou mensagens. O sentimento dos moradores de Londres é de tristeza, pela morte de uma figura muito admirada, mas também de euforia da população por estar participando de um momento histórico.
Esse sentimento, porém, não é unânime. Houve protestos contra o rei Charles III e reclamações com o custo do funeral. Mas nesse momento, de encerramento deste reinado que durou 70 anos, o clima é de luto e respeito.
(Com reportagem de Daniella Franco, enviada especial a Londres)
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