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Linha Direta

UE, G7 e Otan se reúnem em caráter emergencial e discutem resposta a ofensiva russa

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Os líderes da Otan se reúnem em caráter de emergência por videoconferência, nesta sexta-feira (25), para preparar a resposta à invasão russa da Ucrânia. “A paz em nosso continente foi estilhaçada” declarou o secretário-geral da aliança militar, o norueguês Jens Stoltenberg, “nós temos agora uma guerra na Europa, em uma escala que nós pensávamos pertencer à História.”

Os líderes da Otan se reúnem em caráter de emergência por videoconferência nesta sexta-feira, 25, para preparar a resposta à invasão russa da Ucrânia. “A paz em nosso continente foi estilhaçada” declarou o secretário-geral da aliança militar, o norueguês Jens Stoltenberg
Os líderes da Otan se reúnem em caráter de emergência por videoconferência nesta sexta-feira, 25, para preparar a resposta à invasão russa da Ucrânia. “A paz em nosso continente foi estilhaçada” declarou o secretário-geral da aliança militar, o norueguês Jens Stoltenberg © AFP
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Letícia Fonseca-Sourander, correspondente da RFI em Bruxelas

Logo após os primeiros bombardeios aéreos e disparos de mísseis contra as principais cidades ucranianas, a Otan ativou os seus planos de defesa autorizando os comandos militares a mobilizarem tropas e recursos com maior rapidez. A organização descartou o engajamento militar direto no conflito, mas deixou mais de 100 aviões de guerra em alerta máximo.

Cinco mil soldados da Otan foram enviados para a Polônia e os três países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Nos próximos dias, a aliança militar deve aumentar a presença de soldados na Romênia, Bulgária, Hungria e Eslováquia. Em um discurso na Casa Branca, na noite de quinta-feira, o presidente americano, Joe Biden, também anunciou o envio de mais 7 mil tropas para a Alemanha e Polônia afim de proteger os aliados da Otan.

Durante meses o presidente russo Vladimir Putin negou que invadiria a vizinha Ucrânia, mas seus planos sempre foram retomar o controle político da ex-república soviética. A invasão orquestrada por Putin provocou apenas no primeiro dia: 137 mortes e 316 feridos.

G7 condena ataques orquestrado por Putin

Após condenar o ataque militar de larga escala lançado pela Rússia contra a Ucrânia, os líderes das maiores economias globais, o G7, solicitaram a retirada das tropas russas do território ucraniano e o fim do “banho de sangue” na região. “Putin reintroduziu a guerra no continente europeu, e isso o coloca no lado errado da história”, afirmou o grupo formado pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

O G7 se comprometeu a impor “sanções econômicas e financeiras severas e coordenadas” contra Moscou. Os líderes do G7 afirmaram que “esta crise é uma séria ameaça à ordem internacional baseada em regras, com ramificações que vão muito além da Europa. Não há justificativa para alterar à força as fronteiras internacionalmente reconhecidas.”

Em nota, o G7 ainda criticou o envolvimento de Belarus na invasão da Ucrânia e ressaltou que o ataque comandado pelo presidente russo Vladimir Putin constituiu uma séria violação da lei internacional. Segundo analistas, as duras sanções contra a economia russa, a longo prazo, vão estagnar a economia do país.

Manifestação contra a guerra na Ucrânia, ocorrida nesta quinta-feira em Washington.
Manifestação contra a guerra na Ucrânia, ocorrida nesta quinta-feira em Washington. AFP - MANDEL NGAN

União Europeia sobe o tom e aprova novas sanções contra a economia e elite russas

Bruxelas está convencida de que a Rússia quer muito mais do que a Ucrânia, que Putin quer redesenhar a arquitetura da segurança na Europa a seu favor. Os líderes da União Europeia, reunidos em caráter extraordinário, concordaram em adotar um novo pacote de sanções que inclui o congelamento de bens e ativos dos bancos russos nos países do bloco e a suspensão do acesso destes bancos aos mercados financeiros europeus.

Os dirigentes europeus também aprovaram medidas punitivas que prejudicam os setores de energia e transportes da Rússia, porém não chegaram a um consenso sobre a exclusão de Moscou do sistema internacional de trocas bancárias e financeiras Swift, que atingiria o coração da economia russa.

Além da proibição da venda de aeronaves e equipamentos para as companhias aéreas russas, a UE anunciou uma repressão aos vistos para que diplomatas e empresários não tenham acesso privilegiado ao bloco. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que "Putin está tentando subjugar um país europeu amigo. Ele está tentando redesenhar o mapa da Europa à força. Ele deve e falhará. A Ucrânia vencerá."

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