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Esporte em foco

JO de Tóquio: “Treino para enfrentar qualquer pessoa”, diz o judoca estreante Daniel Cargnin

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Com os preparativos para a Olimpíada de Tóquio seguindo em frente, apesar das reticências de especialistas diante dos riscos da pandemia, a seleção brasileira de judô começa a fazer as malas em direção ao Japão.

Daniel Cargnin, campeão mundial Júnior, vai estreiar nos Jogos Olímpicos, em Tóquio.
Daniel Cargnin, campeão mundial Júnior, vai estreiar nos Jogos Olímpicos, em Tóquio. © Rafal Burza/CBJ
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Os organizadores tentam passar a mensagem de que os Jogos de Tóquio 2020, o maior evento esportivo internacional desde o início da Covid-19, será seguro para todos. Mas a 20 dias da abertura, as Olimpíadas continuam sendo alvo de críticas, questionamentos nacionais e internacionais e permanecem sem apoio popular.

Dezesseis judocas vão representar o Brasil em Tóquio – sete homens e seis mulheres –, sendo que sete concorrentes são estreantes em Jogos Olímpicos.

A equipe masculina do Brasil será formada por Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg), Eduardo Yudy Santos (81kg), Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Silva “Baby” (+100kg). Apenas Buzacarini (Rio 2016) e Baby (Londres 2012 e Rio 2016) têm participações olímpicas em suas carreiras. Rafael Silva subiu ao pódio tanto em Londres, quanto no Rio, conquistando duas medalhas de bronze para o Brasil e tentará fazer história em Tóquio buscando sua terceira medalha.  

Nas disputas femininas, o Brasil terá Gabriela Chibana (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg). Mais experiente, o time feminino tem apenas duas estreantes – Chibana e Pimenta – e duas medalhistas olímpicas – Mayra e Ketleyn, que foi a primeira mulher medalhista do Brasil em esportes individuais com bronze em Pequim 2008. Treze anos depois, ela retorna aos Jogos em nova categoria e buscando reescrever sua própria história.  

Judoca desde pequeno

Daniel Borges Cargnin, 23 anos, é um dos jovens judocas que luta pela primeira vez em uma olimpíada. Nascido em Porto Alegre, ele foi prata nos Jogos Pan-americanos em Lima (2019), bicampeão pan-americano em 2019 e 2020 e vice campeão pan-americano em 2017 e 2018.

Ele falou à RFI sobre a expectativa de estrear em Tóquio 2020:

Apesar de ser minha primeira participação em uma Olimpíada, a minha expectativa é boa, estou conseguindo treinar bem agora. Sinto que estou evoluindo, tanto o meu judô, quanto mentalmente. Estou feliz em saber que vou realizar um sonho, um objetivo. A minha expectativa é a medalha, chegar bem, lutar bem e estar feliz em cima do tatame.

Daniel Cagnin fala sobre como a pandemia afetou o seu treinamento:

Ah, é bem complicado. O judô é um esporte individual, mas ao mesmo tempo é coletivo, a gente precisa do outro para treinar. Tentei me manter da melhor maneira possível, treinando em casa. Depois, com maior organização, conseguimos fazer uma viagem a Portugal, e a partir daí conseguimos retomar aos poucos, com muito cuidado, os treinos. Claro, de maneira reduzida, mas conseguimos fazer uma boa preparação agora para os Jogos Olímpicos.

Daniel Cargnin, campeão mundial Júnior, vai estreiar nos Jogos Olímpicos, em Tóquio.
Daniel Cargnin, campeão mundial Júnior, vai estreiar nos Jogos Olímpicos, em Tóquio. © CBJ

O judô entrou na vida do atleta muito cedo, como ele conta:

Eu era muito pequeno e tinha um amigo de infância. Uma academia abriu perto de onde ele morava, e como a gente fazia tudo junto, acabamos indo. A minha mãe sempre gostou muito de esportes. No início, ela foi uma grande incentivadora – e é até hoje. Ela pesquisava na internet sobre competições, clubes e federações. Ela começou a se interessar e a gente fazia tudo junto. Ela me levava para o judô, para as competições. Então comecei desde pequeno, antes com o meu amigo, depois eu e minha mãe. Ela gostava de jogar vôlei e sabia que praticar um esporte era bom para a saúde, disciplina e formação.

Daniel Cagnin considera que os rivais mais perigosos que terá pela frente são asiáticos:

Acredito que meus maiores adversários vão ser um japonês e um coreano. É uma categoria bem dura, a de até 66kg. Então, estou treinando duro para lutar seja com quem for.

Tóquio 2020 acontece de 23 de julho a 8 de agosto.

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