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Esporte em foco

“É o sonho de todo atleta”, diz a meio-campista brasileira Julia Bianchi sobre as Olimpíadas

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Apesar das muitas incertezas globais, os Jogos Olímpicos de Tóquio estão previstos para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. As datas iniciais, de 24 de julho a 9 de agosto de 2020, foram adiadas por causa da pandemia. Houve muitas discussões a respeito de um cancelamento, mas patrocinadores e as autoridades japonesas insistiram na realização do evento. Já os principais interessados, os atletas, também estão confiantes. A RFI conversou com Julia Bianchi, meio-campista do Palmeiras. 

A meio de campo Julia Bianchi, jogando pela seleção feminina de futebol.
A meio de campo Julia Bianchi, jogando pela seleção feminina de futebol. © Divulgação CBF
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“Eu espero que aconteçam. A gente sabe que o momento não é muito favorável. Aqui no Brasil, as coisas estão muito complicadas, com os índices de mortes por Covid crescendo a cada dia e o índice de contaminação muito alto. A gente espera que dê tudo certo, que até lá as pessoas possam estar vacinadas, ou imunizadas, e que a situação possa estar melhor não só no Brasil, como no mundo inteiro. Em relação à seleção brasileira, ela tem evoluído muito, com o trabalho da nova comissão. Os que passaram antes também fizeram um grande trabalho, com resultados, mas a forma como a seleção joga hoje é de um nível muito alto, em níveis táticos, físicos e técnicos. Acredito que a seleção tem tudo para fazer um excelente campeonato em busca da tão sonhada medalha olímpica."

A seguir, Julia Bianchi fala como a pandemia afetou sua vida de atleta:

"Dentro do esporte tivemos uma paralisação muito grande aqui no Brasil, ficamos sete meses sem competir. Os treinamentos tiveram restrições muito grandes. Os trabalhos não eram em grupo, mas individualizados. E a gente sabe que isso é muito diferente do futebol, que é um jogo coletivo. Alterou todo o nosso padrão de vida, toda a nossa rotina. Estávamos acostumadas a treinar todos os dias, muitas vezes por dois períodos, jogar todo final de semana. E, do nada, nos vimos em uma situação em que ficamos sete meses sem poder fazer isso. Foi bem complicado. Quando retornamos, foram muitos jogos seguidos, de quarta a domingo. Isso para o atleta é uma sequência grande, com tempo de recuperação curto. O nosso corpo teve de se adaptar a uma intensidade maior e a um volume muito maior também."

Julia Bianchi, que joga pelo Palmeiras, espera ser convocada para formar a seleção feminina de futebol para os Jogos de Tóquio.
Julia Bianchi, que joga pelo Palmeiras, espera ser convocada para formar a seleção feminina de futebol para os Jogos de Tóquio. © Divulgação CBF

Apenas 18 atletas vão ser convocadas para a seleção feminina de futebol que vai para Tóquio. Os nomes serão anunciados em maio. Julia Bianchi, que já representou o Brasil quatro vezes, fala sobre essa expectativa de participar da seleção:

"É o sonho de todo atleta. Na verdade, são dois sonhos: representar a seleção brasileira, a nossa nação, e o segundo é de participar dos Jogos Olímpicos. Sem dúvida é uma emoção muito grande. A gente sabe que são poucas vagas e são muitas atletas qualificadas, com todas as condições de estarem lá para representar o Brasil. Acredito que as 18 que forem chamadas para a lista final vão representar muito bem o Brasil. Eu tenho que continuar fazendo o meu melhor."

Cerca de 11 mil atletas devem participar dos Jogos no Japão, representando 206 nações. O evento vai manter “Tokyo2020” por razões de marketing. É a segunda vez que a capital japonesa é anfitriã, a primeira sendo em 1964. No final de março, a organização anunciou que não haveria visitantes estrangeiros. Quem comprou ingressos adiantados vai ser reembolsado.

Na semana passada, as autoridades locais de Osaka pediram que o revezamento da tocha não passasse pela cidade, por causa do aumento do índice de contaminação.

O revezamento da chama olímpica começou em 25 de março em Fukushima (nordeste do Japão). Os organizadores esperam que esse ritual ajude a criar entusiasmo em torno do evento esportivo, duramente atingido pela crise global de saúde. Inicialmente, a proposta era que a chama atravessaria o departamento de Osaka em 13 e 14 de abril, começando pela cidade de Sakai e terminando em Osaka.

Durante o trajeto, as regras exigem que os espectadores usem máscara e evitem torcer pelos atletas que desfilam com a tocha. A organização garantiu que etapas poderão ser anuladas, se houver risco de aglomeração. Nos últimos dias, os casos de infecção pelo coronavírus aumentaram nos departamentos de Osaka, Hyogo (oeste) e Miyagi (nordeste).

Para acompanhar as últimas notícias dos Jogos de Tóquio online, o link é: https://tokyo2020.org/fr/

 

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