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Esporte em foco

França ou Argentina: Quem ficará com o tricampeonato mundial?

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França e Argentina fazem neste domingo (18) um duelo inédito em uma final de Copa do Mundo. Os dois times buscam a terceira estrela de campeão mundial. A seleção francesa, atual campeã, pode igualar um feito só alcançado pela Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962), que conseguiram erguer o troféu duas vezes consecutivas. Para os argentinos, é talvez a última chance de ver Messi erguer seu primeiro título mundial.

Lionel Messi e Kylian Mbappe: esperanças da Argentina e da França para a conquista da terceira estrela.
Lionel Messi e Kylian Mbappe: esperanças da Argentina e da França para a conquista da terceira estrela. © AFP - JEWEL SAMAD
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Os “Bleus” entram em campo demonstrando a força de um futebol coletivo e sob o comando de um treinador que também pode escrever mais um capítulo inédito em sua história. Didier Deschamps foi campeão mundial como jogador em 1998, e como capitão ergueu a taça após a vitória de 3 a 0 contra o Brasil. Em 2018, ergueu a taça como treinador na Rússia e agora, quatro anos depois, pode escrever ainda mais seu nome na história como um treinador bicampeão.

Mas quando questionado sobre essa eventual façanha, o francês relativizou:  “Não estou aqui por mim. Eu não sou o mais importante, é a seleção francesa. E é um orgulho. Eu sei muito bem, e todos sabem, que no domingo temos a possibilidade de erguer mais um troféu porque estamos numa final.  É muito bom e eu vou fazer tudo, assim com toda a equipe, para estarmos ainda mais felizes no domingo”.  

O goleiro e capitão dos “Bleus”, Hugo Lloris, também pode fazer história ao erguer pela segunda vez consecutiva um troféu de campeão mundial. Na saída do jogo da semifinal contra o Marrocos, vencida por 2 a 0, ele expressou o sentimento dos jogadores.  

“Saímos de um jogo como esse completamente esgotados, mas satisfeitos de uma missão cumprida. Estamos diante de uma oportunidade de ouro de fazer a França entrar na história do futebol, com uma segunda final em quatro anos. Mesmo se nem tudo não foi perfeito, nós fomos muito sólidos nos momentos importantes. Sofremos quando foi preciso, mas agora é preciso desfrutar e nos prepararmos para estar em forma para domingo.”

Assim como Hugo Lloris, outros quatro jogadores estiveram na final do Mundial de 2018 e agora também serão titulares na Copa do Catar. Os atacantes Olivier Giroud e Mbappé, o zagueiro Raphael Varanne e o meia atacante Antoine Griezmann. Ex-artilheiro da equipe, Griezmann ainda não marcou nesta Copa, mas seu papel tem sido elogiado e ele é considerado um dos grandes responsáveis pela campanha da seleção francesa.  Concentrado no seu objetivo, ele logo fez questão de lembrar da dificuldade que será enfrentar a Argentina de Lionel Messi, com quem jogou ao lado na época do Barcelona. Para Griezmann, a França tem um motivo para se preocupar. 

“Quando uma equipe tem Leo Messi, tudo é completamente diferente. Vimos quase todos os jogos desta Copa e também da Argentina e sabemos como eles jogam. É uma bela equipe, muito difícil e eles estão em plena forma. Tem o Messi, mas também todo o coletivo que joga muito bem. É um grupo com um ambiente como o nosso e não vai ser um jogo fácil. Eles vão contar com muitos torcedores. Vamos treinar e ver como podemos surpreendê-los e também como nos defender. Vamos nos preparar para esse bela final”, ele afirmou.

A seleção francesa passou os últimos dias treinando estratégias para tentar anular a maior estrela do time adversário. O treinador Didier Deschamps admitiu que elabora um plano para limitar o poder de ação do camisa 10 da Albiceleste. “Ele é verdadeiramente impressionante, desde o início da competição. Quatro anos atrás, certamente era diferente. Nem imaginava em que posição ele iria jogar, e finalmente ele joga como centro-avante. Ele não é um dos melhores do mundo, senão o melhor, à toa. Um plano contra o Messi? Vamos tentar limitar ao máximo sua influência como os argentinos vão tentar limitar a influência de alguns jogadores franceses também”, diz Deschamps.

Para o jornalista esportivo Arnaud Hemand, do jornal L’Équipe, Messi  tem mostrado desde o início desta temporada com o PSG que ele vive um momento especial na carreira. “Desde o início da temporada ele tem sido excepcional, seja com o PSG, seja com a seleção argentina. Ele realmente é um líder. Ele reencontrou o que a gente achava que não iria mais conseguir, um esforço físico que lembra seus anos gloriosos com o Barcelona. Messi, pelo que mostra no campo, é um jogador que representa mais que uma ameaça para a França. Por trás é como uma missão com a Argentina. E a Argentina com Messi, porque eles sabem muito bem que essa deve ser sua última Copa do Mundo, pois ele está perto de 36 anos e daqui a 4 anos é provável que ele não esteja mais lá.”

A Argentina, que começou com uma derrota surpreendente para a Arábia Saudita, cresceu ao longo da Copa e tem em Lionel Messi o grande articulador das jogadas e a peça fundametal para a equipe avançar. Além de gols importantes, seja de pênalti, seja de chutes certeiros, ele tem sido generoso nas assistências e o maior responsável pela chegada da equipe a mais uma final. E a cada jogo, ele se fortalece.

“Me sinto bem, me sinto forte para enfrentar cada partida, temos feito sacrifícios muito grandes. Me sinto feliz neste Mundial, estou aproveitando muito e posso ajudar o grupo para conseguir as vitórias”, declara.

Aos 35 anos, Messi tem a segunda e talvez última oportunidade de coroar sua brilhante carreira com um troféu de campeão mundial. Como capitão, sonha em erguer o título e conquistar de vez o coração de uma fanática torcida, que tem colorido os estádios da Copa de azul e branco, e empurrado a plenos pulmões uma equipe que busca mais uma terceira conquista mundial, aguardada há 36 anos.

Com tanta emoção em jogo, o torcedor francês sonhou com o que considera o final perfeito para esta Copa. “É uma final, contra a Argentina será muito difícil, aposto em 1 a 1 e depois, será decidido nos pênaltis. Seria bonito para mostrar que as duas equipes lutaram até o fim, e a história que decidirá se quem vai ganhar será Messi, Griezmann ou Mbappé”.

Argentina e França se enfrentam no Estadio Lusail, às 18h pelo horário local, meio-dia em Brasília.

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