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Esporte em foco

Brasileira ganha 1º lugar no Campeonato Mundial de Pole Dance, na Suíça

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A brasileira Samara Najla Gomes Fonseca, de 18 anos, de Belo Horizonte, ficou em primeiro lugar no Campeonato Mundial de Pole Dance, realizado em Lausanne, na Suíça, na categoria artística. A trilha até o pódio internacional, no entanto, foi cheia de percalços. Sem dinheiro para a viagem, a jovem teve de fazer uma rifa e pedir dinheiro no semáforo para custear sua participação.

Samara Fonseca é a primeira brasileira a ganhar na categoria pole artístico (18 a 39 anos) dessa competição que reúne os melhores do mundo inteiro. O Brasil dividiu o pódio com a Suíça (2º lugar) e o Reino Unido (3º lugar).
Samara Fonseca é a primeira brasileira a ganhar na categoria pole artístico (18 a 39 anos) dessa competição que reúne os melhores do mundo inteiro. O Brasil dividiu o pódio com a Suíça (2º lugar) e o Reino Unido (3º lugar). © Valéria Maniero/RFI
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Samara é a primeira brasileira a ganhar na categoria pole artístico (18 a 39 anos) dessa competição que reúne os melhores do mundo inteiro. O Brasil dividiu o pódio com a Suíça (2º lugar) e o Reino Unido (3º lugar).

Em sua apresentação, ela representou a xará Samara, do filme de terror “O Chamado”.

Para conseguirem competir na Suíça, a jovem e suas colegas de Minas Gerais tiveram que enfrentar muitas dificuldades.

“A gente não tem patrocínio, pessoas ajudaram, a gente fez rifa, fez noite de bingo e sinal. A gente ia para o sinal mesmo, levava uma caixinha e pedia ajuda das pessoas. E eram aquelas moedinhas, R$ 0,25, um realzinho, que foi juntando e ajudando a gente. Foi muito cansativo, mas a nossa vontade de estar aqui, a nossa força de atleta, o amor pelo esporte, nos motivaram”, afirmou a brasileira.

“Foi difícil, mas a gente chegou”, desabafou a brasileira, que começou a treinar em 2018 e um ano depois, já era campeã brasileira.

Samara Najla Gomes Fonseca, de 18 anos, com a medalha de ouro do Campeonato Mundial de Pole Dance, ao lado de parte da equipe que representou o Brasil.
Samara Najla Gomes Fonseca, de 18 anos, com a medalha de ouro do Campeonato Mundial de Pole Dance, ao lado de parte da equipe que representou o Brasil. © Valéria Maniero/RFI

Como a história começou

Samara começou a fazer o esporte influenciada pela mãe, que o praticava num estúdio de Belo Horizonte e levou a menina para conhecê-lo. Era 2018. Em 2019, ela já era campeã brasileira, mas não participava de categoria que dava vaga para o Mundial. Dois anos depois, foi campeã brasileira nas três categorias de que participou. Veio para o Mundial e conquistou o 1º lugar - ela e a irmã ganharam a primeira medalha de ouro do Brasil no campeonato mundial naquela categoria.  Essa é a segunda medalha que ela leva para casa.

A treinadora de Samara, Diana de Castro Possas, conta que o esporte tem se expandido rapidamente.

O pole dance tem crescido muito, cada vez conquistado mais países, mais atletas. Então, estar aqui hoje foi muito grandioso pra gente. Nós viemos com uma equipe de 4 atletas representando o Brasil em cinco categorias. Estamos fazendo parte da delegação do Brasil que tem 14 atletas e para a gente é assim inexplicável, porque são muitos treinos, muita dedicação”, afirmou.

Apesar disso, a treinadora reclama que falta reconhecimento no Brasil – e investimento. Segundo Possas, metade das despesas  com a viagem para o campeonato está sendo paga pelas próprias atletas.

“Ainda não temos o reconhecimento do pole como uma atividade que possa receber patrocínio. Tivemos apoio, mas não o suficiente para custear a nossa vinda para cá. A gente conseguiu 50% de apoio, picadinho. Tivemos que correr muito atrás. Fizemos eventos, workshops, fotografia. Com todas essas ações, a gente conseguiu 50%. Mas ainda faltam os outros 50%, que estão divididos em parcelas no cartão. Nós que arcamos com isso. Tiramos do nosso bolso para poder estar aqui hoje representando o Brasil”, contou.

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