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Estações de metrô em Kharkiv são usadas como salas de aula na Ucrânia

Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, os moradores vivem sob a ameaça constante de mísseis e drones russos desde o começo da guerra, há mais de dois anos. Muitas escolas foram destruídas nos bombardeios. Por isso, desde o início do ano letivo, em setembro, a prefeitura abriu salas de aula em cinco estações de metrô da cidade.

Sala de aula improvisada na estação de metrô de Kharkiv, na Ucrânia
Sala de aula improvisada na estação de metrô de Kharkiv, na Ucrânia © SERGEY BOBOK / AFP
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Anastasia Becchio e Boris Vichith, enviados especiais a Kharkiv

É hora do intervalo em uma das sete salas de aula montadas dentro do metrô de Kharkiv, na Ucrânia. Na falta de espaço adequado, os alunos permanecem dentro da classe improvisada, cuja parede de mármore foi decorada com alfabetos e caracteres de livros didáticos.

Timour, de 9 anos, diz que gosta da "escola de metrô", que frequenta três vezes por semana. "Aqui é bom. A comida é boa, e as aulas também. Estou feliz porque estou com meus amigos, podemos conversar. Estudei na Alemanha, na Polônia, mas é melhor na Ucrânia", disse o menino.

Escolq destruída por foguete em Kharkov, em junho de 2022
Escolq destruída por foguete em Kharkov, em junho de 2022 AFP - SERGEY BOBOK

Mais sociáveis

Professora da primeira série, Natalia Andrenko explica que, por conta da guerra, durante muito tempo as crianças não tiveram a oportunidade de se encontrar e conversar.

"Eles vêm com prazer, porque aqui estão com seus amigos. Não tem como substituir o contato humano. Além disso, é mais fácil para eles fazerem perguntas se não entenderem algo na aula", diz a professora.

Ela notou a diferença no comportamento dos alunos desde que a escola alternativa abriu as portas. "As crianças estão felizes de vir aqui. No início do ano, eram mais fechadas, tímidas, e agora já estão mais sociáveis."

De acordo com a prefeitura, mais de 2.100 alunos do ensino fundamental e médio frequentam essas "escolas do metrô", ou seja, apenas 2% dos alunos da cidade. A prefeitura da cidade procura agora novos locais seguros para acolher os estudantes.

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