Exército de Israel afirma ter encontrado maior túnel do Hamas sob a Faixa de Gaza
O exército israelense anunciou neste domingo (17) que descobriu o “maior túnel” do Hamas sob a sitiada Faixa de Gaza, onde Israel continua seus ataques mortais, apesar dos apelos urgentes por um cessar-fogo.
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“Esta enorme rede de túneis, que se divide em várias ramificações, estende-se por mais de quatro quilômetros e chega a apenas 400 metros do ponto de passagem de Erez”, entre Israel e o norte da Faixa de Gaza, indicaram as forças armadas israelenses.
Este túnel foi revelado à imprensa no 72º dia de guerra, iniciada em 7 de outubro por um ataque do movimento islâmico palestino em solo israelense a partir da Faixa de Gaza, que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis.
Em retaliação, o exército israelense prometeu “aniquilar” o Hamas, bombardeando implacavelmente a estreita faixa de terra, que está sujeita a um bloqueio israelense durante mais de quinze anos e a um cerco total desde o 9 de outubro.
Os ataques israelenses deixaram mais de 18.800 mortos na Faixa de Gaza, a maioria deles mulheres, crianças e adolescentes, segundo o último relatório do Ministério da Saúde do Hamas.
O exército também lançou uma operação terrestre em 27 de outubro, inicialmente confinada ao norte do pequeno território, antes de se expandir para o sul, onde se reuniram centenas de milhares de civis deslocados pela guerra.
O túnel desenterrado pelo Exército está equipado com um sistema de eletricidade, ventilação, esgotos, redes de comunicação e trilhos, informou um jornalista da AFP autorizado a visitá-lo.
O Exército afirma ter descoberto ali um grande número de armas prontas para serem utilizadas em caso de ataque.
A neutralização dos túneis é uma das prioridades da operação israelense, enquanto a Faixa de Gaza seria escavada com 1.300 galerias ao longo de 500 quilômetros, segundo estimativas do Instituto de Guerra Moderna da academia militar norte-americana de West Point.
"Pressão militar"
Fora de Gaza, a Autoridade Palestina lamentou as mortes, no domingo, de cinco novos palestinos na Cisjordânia ocupada, onde a violência aumentou desde o início da guerra.
Israel também troca regularmente tiros através da sua fronteira norte com o Líbano, principalmente com o movimento libanês Hezbollah, um aliado do Hamas e apoiado pelo Irã.
Em Israel, a pressão sobre o governo aumentou desde o anúncio, na sexta-feira, da morte de três reféns assassinados por soldados que os confundiram com combatentes palestinos.
Domingo, durante o funeral de Alon Shamriz, um dos três reféns mortos “por engano” pelas forças israelenses, os seus familiares atacaram o Exército, acusando-o de ter “abandonado” e “assassinado” o jovem de 26 anos.
Todos os três estavam entre as cerca de 250 pessoas capturadas no ataque de 7 de outubro, 129 das quais permanecem nas mãos do Hamas.
Depois de uma primeira trégua de uma semana no final de novembro, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu considerou que continuava a ser necessária “pressão militar” para trazer de volta os reféns e “aniquilar” o Hamas.
O Catar, um importante mediador que trabalhou para libertar reféns em troca de prisioneiros palestinos no final de novembro, confirmou “esforços diplomáticos em andamento” no sábado.
O Hamas, no entanto, declarou-se “contra quaisquer negociações sobre a troca de prisioneiros até que a agressão contra o povo palestino cesse completamente”.
Com informações da AFP
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