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Primeiro aniversário do polêmico ChatGPT, o robô virtual que fascina, provoca e preocupa o mundo

O robô digital ChatGPT comemora seu primeiro ano de existência nesta quinta-feira (30). Disponível on-line desde 30 de novembro de 2022, esse programa de inteligência artificial desenvolvido pela start-up californiana Open AI continua a fascinar e preocupar políticos, especialistas em IA e o público em geral.

O logotipo da OpenAI é visto em um telefone celular em frente a uma tela de computador que exibe resultados do ChatGPT, em 21 de março de 2023, em Boston.
O logotipo da OpenAI é visto em um telefone celular em frente a uma tela de computador que exibe resultados do ChatGPT, em 21 de março de 2023, em Boston. © AP/Michael Dwyer
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Dominique Desaunay, da RFI

O aniversário que marca o nascimento do ChatGPT oferece a oportunidade de voltar um pouco no tempo, quando o mundo inteiro ficou surpreso ao descobrir a primeira inteligência artificial de mercado de massa, descrita como generativa, capaz de produzir uma variedade de textos sob demanda, qualquer que seja o assunto, ou responder a qualquer pergunta por escrito – e agora em áudio –, de forma bastante convincente.

Menos de uma semana após seu lançamento, mais de um milhão de usuários da internet em redes sociais atestaram o desempenho do sistema, afirmando que esse programa on-line era absolutamente "incrível".

ChatGPT, uma revolução "comparável ao advento do computador"

Os especialistas em inteligência artificial foram rápidos em alertar: o ChatGPT é certamente uma revolução "comparável ao advento do computador", mas o uso desse software altamente sofisticado, que está disponível gratuitamente, apresenta certos riscos para os usuários da Internet.

Os primeiros usuários descobriram que o robô da OpenAI não fornece a fonte de suas respostas, o que torna impossível verificar sua confiabilidade.

Os criadores do ChatGPT afirmam em seu site que o programa pode gerar "informações incorretas" ou "conteúdo tendencioso". Alguns internautas acreditam que essas tecnologias altamente sofisticadas serão inevitavelmente usadas por teóricos da conspiração para disseminar informações falsas ou por hackers para criar golpes on-line, praticamente indetectáveis.

Elon Musk, o dono da rede social X, que ajudou a fundar a OpenAI, está liderando esse movimento global contra a IA. "O ChatGPT é assustador. Não estamos longe de uma IA perigosamente forte", publicou Musk há um ano.

Para tranquilizar seus usuários e, acima de tudo, investidores, a OpenAI impôs imediatamente restrições ao uso de seu software para coibir qualquer possível má prática.

Não se pode, por exemplo, pedir que o ChatGPT pesquise informações pessoais de uma pessoa, formule perguntas contendo palavras-chave sensíveis que possam ser de natureza violenta, gere textos argumentando teorias de conspiração ou que sejam odiosos, racistas ou xenófobos.

ChatGPT, o início do reinado absoluto da inteligência artificial

O programa de IA da OpenAI foi imediatamente adotado por muitos alunos para ajudá-los a escrever seus deveres de casa. Os professores alertaram que o ChatGPT incentivaria os estudantes a trapacear. Alguns professores, por outro lado, achavam que esse software, quando usado adequadamente, era uma ferramenta de ensino fantástica para a aquisição de conhecimento, e os mais convictos até recomendaram aumentar seu uso nas escolas. Um ano depois, esse debate sobre IA nas escolas ainda não foi resolvido.

Os governos de todo o mundo ainda se perguntam como regulamentar as tecnologias de IA para controlar o desenvolvimento desse software, que está tendo um impacto tão profundo em nossas sociedades quanto a revolução industrial teve em sua época.

Isso é particularmente verdadeiro quando certos rumores sugerem que os laboratórios de pesquisa de IA estão prestes a projetar uma "inteligência artificial geral" que seria capaz de rivalizar com as faculdades intelectuais dos seres humanos.

A maioria dos pesquisadores de ciências digitais prevê que um ano após o nascimento do ChatGPT, "ainda não vimos nada". Eles antecipam que o século 21 será, para o bem ou para o mal, o do reinado absoluto da inteligência artificial.

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