Conflito Israel-Hamas: Paris e Berlim saúdam libertação de 24 reféns, após trégua
A França e a Alemanha celebraram a libertação dos primeiros reféns israelenses pelo Hamas, nesta sexta-feira (24). Ao todo, 24 pessoas foram libertadas pelo movimento islâmico: 13 israelenses, 10 tailandeses e um filipino. Em troca, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos, dentro do acordo que inclui um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
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Emmanuel Macron saudou a libertação dos primeiros reféns pelo Hamas na sexta-feira, garantindo às famílias dos franceses ainda reféns sua "determinação" em obter a sua libertação.
"Saúdo a libertação de um primeiro grupo de reféns (...) Pensamentos especiais para os reféns franceses e suas famílias. Podem contar com a nossa determinação", escreveu o Presidente da República no X (antigo Twitter). “Continuamos mobilizados ao lado dos mediadores para obter a libertação de todos”, acrescentou.
Je salue la libération d’un premier groupe d'otages. Nous restons mobilisés aux côtés des médiateurs pour obtenir la libération de tous. Pensées particulières pour les otages français et leurs familles. Ils peuvent compter sur notre détermination.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 24, 2023
Num comunicado, o Ministério de Relações Exteriores celebrou "a libertação de um primeiro grupo de 24 reféns e a entrada em vigor de uma trégua”. Paris continua "mobilizada para a libertação dos reféns franceses no âmbito do acordo atualmente em implementação”, especificou o ministério.
O comunicado insistiu que a libertação dos cidadãos franceses é "uma prioridade absoluta para a França" e que estavam trabalhando "incansavelmente para conseguir”. Paris também saudou “os esforços de mediação do Catar, do Egito e dos Estados Unidos, assim como do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha), que permitiram a obtenção deste acordo”.
Quatro crianças, incluindo uma de dois anos, e seis mulheres com mais de 70 anos constam da lista oficial de reféns que foram libertados. A lista publicada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, menciona os nomes dos 13 reféns. Entre eles estão uma mulher de 34 anos e suas duas filhas de 2 e 4 anos, uma refém de 85 anos e três gerações de uma mesma família: a avó, sua filha e seu neto. Nenhum homem foi libertado.
Quatro israelenses libertados têm também nacionalidade alemã, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha. “Estou incrivelmente aliviada por 24 reféns terem sido libertados em Gaza, incluindo quatro alemães, e por um pai, depois de 49 dias de inferno e de um medo incrível, poder finalmente abraçar novamente as suas duas filhas e a sua esposa”, disse a ministra de Relações Exteriores Annalena Baerbock no X.
Benjamin Netanyahu, afirmou, por sua vez, que ele e seu governo estavam “determinados a trazer de volta todos os reféns” das mãos do Hamas.
"Estamos determinados a trazer de volta todos os nossos reféns. Este é um dos objectivos da guerra e estamos determinados a alcançar todos os objectivos da guerra", disse Netanyahu num comunicado, após sete semanas de guerra com o Hamas, que controlava a Faixa de Gaza.
Trégua
Em troca da libertação dos reféns israelenses, 39 prisioneiros palestinos, entre eles mulheres e crianças, foram libertados na sexta-feira da prisão. O Clube dos Prisioneiros, uma ONG que defende os prisioneiros palestinos, confirmou a informação à agência AFP.
Jornalistas da AFP viram ônibus saindo da prisão israelense de Ofer, na Cisjordânia ocupada, para onde os prisioneiros foram transferidos para serem libertados. Vinte e oito deles foram deixados na Cisjordânia, enquanto outros 11 foram levados para Jerusalém Oriental ocupada, disse a ONG.
O presidente israelense Isaac Herzog, celebrou a libertação e pediu o "retorno rápido" dos outros reféns do Hamas, em sua conta no X.
“Rezo pelo regresso rápido e seguro dos nossos filhos e filhas que ainda estão nas mãos do inimigo”, disse, agradecendo a quem “está empenhado” na libertação dos reféns.
A trégua que entrou em vigor na sexta-feira em Gaza permitiu à ONU “aumentar” a entrega de ajuda humanitária no enclave onde já foram descarregados 137 camiões, saudou a agência da ONU responsável pela coordenação humanitária (OCHA).
Esta entrega constitui o “maior comboio humanitário” desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro, acrescenta o OCHA num comunicado de imprensa. Especifica que 129 mil litros de combustível também conseguiram atravessar a fronteira para Gaza e que 21 pacientes em situações críticas foram evacuados do norte do enclave.
O Hamas libertou na sexta-feira um primeiro grupo de 13 mulheres e crianças israelitas, ou com dupla nacionalidade, como parte de um acordo com Israel concluído através do Qatar, bem como 10 trabalhadores tailandeses e um cidadão filipino, todos raptados em 7 de Outubro durante o ataque dos palestinos. movimento no sul do estado judeu. O Hamas fez um total de cerca de 240 reféns durante este ataque, que também deixou cerca de 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas.
(Com AFP)
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