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Guerra Israel-Hamas: 400 estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade deixam Gaza

Centenas de cidadãos com dupla nacionalidade e estrangeiros devem deixar Gaza em direção ao Egito nesta quinta-feira (2), um dia após as primeiras evacuações e no 27º dia de uma guerra entre Israel e o Hamas, que está dando origem a combates cada vez mais mortais.

Os palestinos com dupla nacionalidade seguem para se registrar na alfândega de Rafah e aguardam para cruzar a fronteira em 2 de novembro de 2023.
Os palestinos com dupla nacionalidade seguem para se registrar na alfândega de Rafah e aguardam para cruzar a fronteira em 2 de novembro de 2023. REUTERS - IBRAHEEM ABU MUSTAFA
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Enquanto isso, o campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, foi bombardeado pela segunda vez na quarta-feira (1º). Dezenas de palestinos feridos e centenas de estrangeiros foram autorizados a sair de Gaza para o Egito. 

Cerca de 80 palestinos feridos foram evacuados de Gaza para o Egito pela passagem de Rafah na quarta-feira, e 400 estrangeiros ou pessoas com dupla nacionalidade cruzaram a passagem de Rafah entre Gaza e o Sinai egípcio na manhã desta quinta-feira, disse um funcionário egípcio sob condição de anonimato.

Essas foram as primeiras evacuações desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro. O Egito diz que está se preparando para receber até "7 mil estrangeiros de mais de 60 nacionalidades".

Embora o cronograma para esses deslocamentos não seja conhecido, as autoridades egípcias forneceram as nacionalidades envolvidas nas evacuações de quinta-feira, em uma lista que inclui várias centenas de americanos, bem como dezenas de belgas, gregos e croatas. Não há brasileiros na lista até o momento.

A fronteira de Rafah com o Egito é a única janela para o mundo em um momento em que a Faixa de Gaza está sob "cerco total" de Israel. De acordo com a mesma fonte, cerca de 30 austríacos, quatro italianos, cinco franceses e vários alemães já haviam sido evacuados na quarta-feira. Washington também relatou a presença de americanos.

Essas saídas, que foram objeto de um acordo tripartite entre Israel, Hamas e Egito, com a participação dos Estados Unidos e do Qatar, são uma ponta de esperança em uma guerra que já ceifou milhares de vidas.

"Temos visto coisas que nunca vimos antes, essa guerra é a pior que o povo palestino já viu", disse Salma Shaath, que tem passaporte americano, enquanto esperava no posto de fronteira entre dezenas de mulheres, crianças e idosos.

Ataques continuam

Os sucessivos ataques teriam matado pelo menos 195 palestinos, de acordo com o Hamas. O almirante Daniel Hagari, porta-voz do exército israelense, enfatizou que uma investigação ainda estava em andamento e que o objetivo da operação era um ataque direcionado a um líder das brigadas Ezzedin al Kassam. O porta-voz israelense confirmou que dezenas de pessoas foram mortas no ataque. Mas a grande maioria era de terroristas, segundo ele. 

Além dos "combates ferozes" em terra, que, de acordo com o exército israelense, estão ocorrendo agora até mesmo nas ruínas da Cidade de Gaza, os 2,4 milhões de habitantes do território palestino, onde a situação humanitária é considerada catastrófica, continuam a ser submetidos a bombardeios incessantes como parte das represálias de Israel.

Balanço da guerra

Desde 7 de outubro, 1.400 israelenses foram mortos, incluindo 332 soldados, e o exército israelense informou que 240 pessoas estão sendo mantidas como reféns pelo Hamas. 9.061 palestinos morreram em Gaza, incluindo mais de 3.500 crianças, informou o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, na quarta-feira.

Enquanto isso, mais ao norte, na Faixa de Gaza, os combates terrestres que começaram há quase uma semana continuam a se intensificar. Nesta quinta-feira, o exército israelense chegou a falar em confrontos cada vez mais "acirrados" com o Hamas à medida que avançava na região da cidade de Gaza, vários quilômetros dentro do território palestino.

(Com informações da AFP)

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