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Sobe número de mortos em Israel e na Faixa de Gaza; Exército retomou a fronteira

Na noite de segunda-feira (9) para terça-feira (10), a Faixa de Gaza foi alvo de incessantes ataques israelenses. Desde sábado (7), após a ofensiva massiva lançada pelo movimento islâmico palestino Hamas, o número de mortos e feridos não para de aumentar em ambos os lados. Os extremistas ameaçam executar os reféns israelenses, em reação aos bombardeios do Exército de Israel na Faixa de Gaza. 

Um homem palestino carrega o corpo morto de uma menina retirado dos escombros do prédio da prefeitura que foi atingido por ataques israelenses em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 10 de outubro de 2023.
Um homem palestino carrega o corpo morto de uma menina retirado dos escombros do prédio da prefeitura que foi atingido por ataques israelenses em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 10 de outubro de 2023. REUTERS - IBRAHEEM ABU MUSTAFA
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Um comunicado do Exército de Israel, na manhã desta terça-feira, aponta o número de 1500 corpos de combatentes do Hamas encontrados em Israel. Neste quarto dia de conflito, as forças israelenses retomaram o controle do território e da fronteira com a Faixa de Gaza. Um porta-voz militar garantiu que "desde a noite passada ninguém entrou no Estado judeu a partir de Gaza". O Exército “quase completou” a evacuação das 24 localidades próximas à fronteira, de onde decidiu retirar os habitantes. 

Cerca de 900 israelenses morreram na ofensiva desde sábado, de acordo com um balanço divulgado durante à noite pelo Exército israelense, que informa um número de 2600 feridos.  

Do lado palestino, o balanço é de 687 mortos e 3700 feridos na Faixa de Gaza. 

Ameaça de execução

O Hamas ameaça executar um a um dos cerca de 150 reféns detidos pelo grupo, a cada vez que Israel bombardear um alvo do movimento extremista na Faixa de Gaza.

A advertência foi feita depois de Israel ordenar o "cerco completo" desse território de 360 km², onde mais de 2 milhões de palestinos vivem em condições precárias, agora privados de água, eletricidade, gás e abastecimento de combustíveis e alimentos, devido à retaliação de Israel. 

Palestinos fogem de suas casas, em meio a ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 10 de outubro de 2023.
Palestinos fogem de suas casas, em meio a ataques israelenses, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 10 de outubro de 2023. REUTERS - IBRAHEEM ABU MUSTAFA

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou nesta segunda-feira Israel de “genocídio” contra os palestinos, após o anúncio israelita de um “cerco total” à Faixa de Gaza, evocando a reação do secretário-geral da ONU. Ontem, António Guterres disse que estava “profundamente angustiado” com o anúncio de que Israel iniciaria um cerco completo à Faixa de Gaza, com corte total do fornecimento de eletricidade, alimentos e combustível. 

Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu a formação de um governo de união nacional em resposta à ofensiva surpresa do grupo palestino Hamas. 

Os Estados Unidos não têm "nenhuma intenção de enviar tropas" ao terreno, após o ataque do movimento extremista islâmico a Israel, informou, também na segunda-feira, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. 

Estrangeiros entre as vítimas

Estrangeiros de mais de 20 nacionalidades foram mortos, feridos ou feitos reféns. Vários deles participavam de uma festa rave no deserto, perto da fronteira com a Faixa de Gaza, quando foram atacados. 

Dois brasileiros continuam desaparecidos e um teve a morte confirmada pela família.  

A França contabiliza a morte de quatro de seus cidadãos, enquanto 14 ainda estão desaparecidos, incluindo uma criança de 12 anos.     

Tailândia, Filipinas, Estados Unidos, Nepal, Argentina, Ucrânia, Rússia, Reino Unido, Camboja, Canadá, Alemanha, Itália, Áustria, México, Panamá, Tanzânia, Irlanda, Argentina, Paraguai, Peru e Chile estão entre os países afetados.  

Manifestações 

Manifestações de apoio à Israel aconteceram em Paris e em várias outras cidades da França. Milhares de franceses, entre eles muitos jovens e personalidades políticas, marcharam da Praça Victor Hugo, no oeste da capital, até a Praça do Trocadero, no 16° distrito, bairro que abriga a Torre Eiffel. O monumento foi iluminado com as cores da bandeira de Israel, enquanto hinos israelitas e franceses eram cantados pelos presentes. A França tem a maior comunidade judaica da Europa. 

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, conversou  com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, para discutir meios de impedir a extensão do conflito no Oriente Medio. 

Esta manhã, o Aiatolá Ali Khamenei negou que o Irã esteja por trás do ataque do Hamas em Israel. 

(Com informações da AFP) 

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