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Primeiros aviões com estrangeiros que deixaram Níger após golpe militar chegam a Paris e Roma

Três aviões já pousaram em Paris e Roma nesta terça-feira (2) com centenas de franceses, italianos e outros cidadãos do Níger, após o golpe da semana passada no estratégico país da África Ocidental.

Franceses, europeus e outros estrangeiros chegam a Paris após golpe militar no Níger (2/8/23).
Franceses, europeus e outros estrangeiros chegam a Paris após golpe militar no Níger (2/8/23). © STEPHANIE LECOCQ / REUTERS
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Diante de uma situação explosiva, a CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) anunciou na noite de terça-feira que os chefes de gabinete dos países que a compõem se reunirão de quarta a sexta-feira em Abuja.

Uma delegação da CEDEAO, liderada pelo nigeriano Abdulsalami Abubakar, é esperada no Níger na quarta-feira, disseram um alto funcionário da organização da África Ocidental e um oficial militar do Níger sob condição de anonimato.

A CEDEAO, presidida pelo chefe de Estado nigeriano Bola Tinubu, deu aos golpistas uma semana, até domingo próximo, sem excluir o uso da força, para devolver o poder ao ex-presidente Mohamed Bazoum, deposto em 26 de julho por membros de sua guarda presidencial.

No total, mais de 350 franceses estavam a bordo dos dois aviões que pousaram em Paris, além de cidadãos do Níger, Portugal, Bélgica, Etiópia, Líbano, Alemanha, Canadá, Índia, Estados Unidos e Áustria.

As autoridades francesas esperam terminar nesta quarta-feira ao meio-dia as operações de retirada por avião de seus civis do Níger, que começaram na noite de terça-feira (tarde de sábado pelo horário de Brasília) após o golpe de Estado da semana passada.

Até agora, quatro aviões franceses estão previstos para retirar os civis. Esta é a primeira retirada em massa organizada por Paris na região do Sahel, onde os golpes de estado se multiplicaram desde 2020.

Um primeiro avião, com 262 passageiros, sendo 12 bebês, decolou de Niamey na noite de terça-feira e pousou à 1h30 da madrugada de quarta-feira no aeroporto Paris-Charles de Gaulle.

Violência contra a França

Paris justifica a retirada pela "violência ocorrida" contra sua embaixada no domingo durante uma manifestação hostil à França, e pelo "fechamento do espaço aéreo que deixa os cidadãos sem possibilidade de deixar o país por seus próprios meios".

A junta militar que tomou o poder em Niamey anunciou na noite de terça para quarta-feira, a reabertura das “fronteiras terrestres e aéreas” do Níger com cinco países vizinhos: Argélia, Burkina Faso, Líbia, Mali e Chade.

(com AFP)

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