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Temperatura na Europa pode chegar a 48ºC neste final de semana; nos EUA, 100 milhões estão em alerta

O verão apenas começou no hemisfério norte, mas diversas ondas de calor atingem intensamente a Europa, os Estados Unidos e a China. Neste fim de semana, a expectativa é que as temperaturas na Itália cheguem a 48ºC na Sardenha e 43ºC em Roma. No sul dos Estados Unidos, mais de 100 milhões de pessoas estão sob alerta para o calor. As condições extremas deste verão são agravadas pelo aquecimento global.

Turistas se protegem do sol durante visita a Acrópolis, em Atenas. O governo grego decidiu fechar o monumento durante o período mais quente do dia neste verão.
Turistas se protegem do sol durante visita a Acrópolis, em Atenas. O governo grego decidiu fechar o monumento durante o período mais quente do dia neste verão. AP - Petros Giannakouris
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Na Europa, Itália, Espanha, França, Alemanha, Grécia e Polônia enfrentam uma onda de calor generalizada.

Na Itália, a partir de sábado as temperaturas devem subir para a casa dos 40°C em diversas regiões do país. No domingo, a expectativa é que os termômetros de Roma atinjam os 43°C no domingo e, na Sardenha, cheguem a 48°C.

A onda de calor fez as autoridades gregas decidirem fechar a Acrópole de Atenas, o monumento antigo mais visitado do país, durante o período mais quente do dia, entre as 12h e às 17h.

Nos Estados Unidos, o serviço de meteorologia lançou um alerta de onda de calor com condições potencialmente perigosas à saúde no Texas, no Arizona, em Nevada e na Califórnia. Neste fim de semana, no deserto californiano do Vale da Morte, os termômetros podem bater o recorde da temperatura do ar mais alta já medida de forma confiável na Terra: 56,7°C, registrado em 1913 no mesmo Vale da Morte.

As temperaturas extremas dos próximos dias devem afetar mais de 100 milhões de americanos.

Algumas regiões da China, incluindo a capital Pequim, também estão sofrendo com uma forte onda de calor. Uma das principais empresas de eletricidade do país disse na segunda-feira ter atingido um recorde na produção de luz devido ao aumento da demanda causado pelas altas temperaturas.

Início de julho foi o mais quente da história

As repetidas ondas de calor acontecem em um cenário de aquecimento global a níveis históricos. Após junho bater a marca de mês mais quente já registrado em todo o mundo, de acordo com a agência europeia Copernicus e as agências americanas NASA e NOAA, a primeira semana completa de julho bateu as temperaturas globais mais altas da história, de acordo com dados preliminares da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

O calor é um dos eventos meteorológicos mais mortais. No verão passado, somente na Europa, as altas temperaturas causaram mais de 60 mil mortes, de acordo com um estudo recente.

Esse clima extremo, que ocorre com mais frequência como resultado das mudanças do clima, está "infelizmente se tornando a nova norma", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, na quinta-feira (13). E o fenômeno climático cíclico El Niño, que geralmente leva a um aumento nas temperaturas globais, também piora a situação.

Nos Estados Unidos, o verão tem sido marcado por uma série de desastres climáticos. A fumaça dos incêndios no Canadá, onde mais de 500 incêndios estão fora de controle, levou a vários episódios de poluição atmosférica intensa no nordeste americano em junho, enquanto inundações catastróficas atingiram o estado de Vermont, no nordeste do país nesta semana.

Aumento das temperaturas do oceano

O calor eleva também a temperatura dos oceanos. No sul da Flórida (EUA), a temperatura da água perto da costa está acima de 32°C, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

As temperaturas da superfície do Mediterrâneo serão "extremamente altas nos próximos dias e semanas", às vezes ultrapassando 30°C, com valores mais de 4°C acima da média em grandes áreas do Mediterrâneo ocidental, como alerta a OMM.

As ondas de calor marinhas têm efeitos devastadores na biodiversidade do oceano, além de consequências para a pesca. Com isso, a camada de gelo da Antártida atingiu sua menor extensão em um mês em junho.

Em comparação com a era pré-industrial, o mundo está experimenta temperaturas cerca de de 1,2°C mais altas devido às atividades humanas.

Para o chefe da OMM, Petteri Taalas, as atuais ondas de calor enfatizam "a urgência crescente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa o mais rápido possível e o máximo possível".

(Com informações da AFP)

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