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Coreia do Norte ameaça EUA de "dissuasão nuclear esmagadora”; governo americano promete se defender

Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, ameaçou os Estados Unidos de "dissuasão nuclear esmagadora" nesta sexta-feira (14), caso o país não abandone o que chamou de "política hostil" contra Pyongyang, segundo a imprensa estatal. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, prometeu que Washington e seus aliados se defenderão de qualquer "agressão" do regime norte-coreano.

Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un, em foto de 27 de abril de 2018.
Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-un, em foto de 27 de abril de 2018. Korea Summit Press Pool/Pool via Reuters
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"Sob a premissa de que os Estados Unidos não aceitam abandonar sua política contrária à Coreia do Norte (...) Vamos nos esforçar para estabelecer uma dissuasão nuclear esmagadora", afirmou Kim Yo-jong em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias KCNA.

Ela também defendeu o lançamento, na quarta-feira (12), de um míssil de combustível sólido que sobrevoou 1.001 quilômetros, a uma altitude máxima de 6.648 km, e caiu no Mar do Leste, também conhecido como Mar do Japão.

O lançamento foi um "exercício de autodefesa (...) para proteger a península coreana de uma guerra nuclear", alegou. A irmã do ditador norte-coreano acrescentou que ninguém pode culpar o seu país pela "política hostil" dos Estados Unidos.

Em uma reunião em Jacarta (Indonésia) com os ministros das Relações Exteriores do Japão e Coreia do Sul, o secretário de Estado americano reagiu. "Estamos resolutamente unidos em uma defesa comum e vamos garantir que estamos fazendo todo o possível para impedir e nos defender de qualquer agressão", disse Blinken.

Coreia do Norte e Japão também reagem

O chefe da diplomacia americana se reuniu com os dois ministros à margem de um encontro de chanceleres da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), do qual também participam países convidados como Estados Unidos, China e Rússia. Os três condenaram o que Blinken chamou de "provocações" de Pyongyang.

"O que a Coreia do Norte está fazendo é completamente contrário às expectativas da comunidade internacional", disse o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Park Jin.

Secretário de Estado americano, Antony Blinken, discursa durante encontro da Asean, do qual convidados como Estados Unidos puderam participar, em Jacarta (Indonésia). 14/07/2023
Secretário de Estado americano, Antony Blinken, discursa durante encontro da Asean, do qual convidados como Estados Unidos puderam participar, em Jacarta (Indonésia). 14/07/2023 AP - Dita Alangkara

Em uma declaração conjunta, 10 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo a Coreia do Sul, condenaram o teste de quarta-feira e afirmaram que os 20 lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte desde o início do ano são "violações flagrantes de várias resoluções" do organismo.

Kim Yo-jong criticou a declaração, que considera "injusta e parcial". No início da semana, também acusou os aviões de vigilância militar americanos de violação do espaço aéreo da Coreia do Norte e ameaçou derrubar as aeronaves.

Blinken alerta para ‘coação da China’

Na ocasião, Antony Blinken pediu aos países do Sudeste Asiático que se unam contra a "coação" da China na região Ásia-Pacífico, objeto de tensões entre Washington e Pequim.

"Devemos defender a liberdade de navegação no Mar da China Meridional e Oriental e manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", disse Blinken. "Compartilhamos a visão de um Indo-Pacífico livre, aberto, próspero, seguro, conectado e resistente. (…) Uma região onde os países são livres para escolher seus próprios caminhos e seus próprios parceiros, onde os problemas são tratados abertamente, e não sob coação”, acrescentou, em um discurso à Asean.

O atrito está se intensificando entre a China e alguns membros da Asean, em particular Vietnã e Filipinas, incomodados com as reivindicações de soberania por parte de Pequim sobre quase todo o Mar da China Meridional.

As tensões são ainda mais significativas em relação a Taiwan, um território de governo democrático considerado por Pequim como uma província que, cedo ou tarde, será recuperado – à força, se necessário.

Com informações da AFP

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