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Biden e Macron concordam que China precisa ser envolvida nas mediações do conflito na Ucrânia

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, concordaram em que se deve continuar envolvendo a China para que ela "contribua, a médio prazo, para por fim ao conflito na Ucrânia", informou a Presidência francesa nesta quinta-feira (20).

Joe Biden e Emmanuel Macron conversaram por telefone a respeito da Ucrânia nesta quinta-feira (20). Foto feita durante reunião da Otan, em Bruxelas (24/03/2022).
Joe Biden e Emmanuel Macron conversaram por telefone a respeito da Ucrânia nesta quinta-feira (20). Foto feita durante reunião da Otan, em Bruxelas (24/03/2022). AFP - THOMAS COEX
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O chefe de Estado francês, que conversou por telefone com o colega americano sobre a visita recente que fez à China, confirmou a vontade dos europeus "de se rearmarem para assumirem suas responsabilidades na divisão da carga da segurança transatlântica", informou o Palácio do Eliseu.

A França acredita que Pequim tem "um papel a desempenhar" na busca de uma solução para a guerra que a Rússia trava na Ucrânia há mais de um ano, dada a sua aliança com Moscou. Após a visita de Macron a Pequim, no começo do mês, o Eliseu afirmou que o presidente chinês, Xi Jinping, se declarou disposto a trabalhar com a França para "criar as condições para as negociações" entre Moscou e Kiev.

Os "parâmetros" dessa iniciativa devem ser definidos no âmbito do diálogo estratégico franco-chinês, liderado por Emmanuel Bonne, assessor diplomático de Emmanuel Macron, e pelo diplomata chinês Wang Yi. A próxima sessão da iniciativa está prevista para o verão local, segundo o governo francês.

"O presidente Macron disse que uma negociação desse tipo deveria ser feita respeitando o direito internacional e a soberania da Ucrânia. Ele assinalou que apenas os ucranianos poderiam decidir sobre isso, além de encorajar a China a desempenhar um papel construtivo, dada a sua condição de membro permanente do Conselho de Segurança" da ONU, lembrou o Eliseu nesta semana.

Aparando arestas

O telefonema serviu como uma oportunidade para que Washington e Paris resolvessem a tensão causada pela visita de Macron ao presidente chinês, Xi Jinping, durante a qual o francês sugeriu que os países europeus não deveriam se envolver em uma disputa entre a China e os Estados Unidos por Taiwan.

Durante a visita, Macron afirmou que a Europa deveria evitar "crises que não são suas", e reiterou comentários que pediam "a autonomia estratégica" da União Europeia (UE) em relação aos Estados Unidos.

Conforme a Casa Branca, os dois presidentes "reafirmaram a importância de manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan". "Os dois presidentes compartilham a mesma vontade de reforçar as cooperações em andamento e de apoiar o direito internacional, incluindo a liberdade de navegação, no conjunto da região Indo-Pacífico", informou o Eliseu, sem mencionar Taiwan.

Segundo o comunicado do Eliseu, Joe Biden e Emmanuel Macron "também discutiram a situação extremamente preocupante no Sudão".

Com informações da AFP

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