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Israelenses e palestinos se enfrentam com foguetes e mísseis após operação militar que matou 11

Israel e grupos armados palestinos da Faixa de Gaza se enfrentam com foguetes e mísseis nesta quinta-feira (23), após a operação militar israelense que matou 11 palestinos na véspera em Nablus, na Cisjordânia, e deixou mais de 80 feridos a tiros. Entre as vítimas, havia um adolescente palestino de 16 anos.

Um palestino se posiciona diante de um carro blindado israelense, em 22 de fevereiro, em Nablus, na Cisjordânia ocupada.
Um palestino se posiciona diante de um carro blindado israelense, em 22 de fevereiro, em Nablus, na Cisjordânia ocupada. AFP - ZAIN JAAFAR
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O Exército de Israel alega perseguir "terroristas" entre os palestinos de Gaza, território controlado pelo movimento radical islâmico Hamas, e de onde foram lançados seis foguetes em direção ao sul de Israel. Cinco deles foram interceptados pela "domo de ferro" e um caiu em um local desabitado.

O Estado hebreu reagiu bombardeando um suposto depósito de armas do Hamas, neste território sob o controle do movimento islâmico palestino desde 2007.

A Jihad Islâmica não reivindicou explicitamente essas ações, mas disse que tinha o direito de se defender, após o ataque de quarta-feira em Nablus, na Cisjordânia ocupada, no qual morreram, também, integrantes do movimento islâmico armado, deixando 100 pessoas feridas. De acordo com o grupo armado Areen al-Oussoud ("A Cova dos Leões"), com sede em Nablus, seis combatentes de diferentes facções palestinas estão entre os 11 mortos.

Nenhuma vítima foi registrada imediatamente após os novos ataques desta manhã, que ocorrem quase dois meses após a posse do novo governo de Israel, um dos mais conservadores da história do país. Os partidários do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu representam uma facção política de linha mais dura em relação aos palestinos.

Situação “inflamável”

Após a operação em Nablus, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que a situação na Cisjordânia era "a mais inflamável em anos". “Nossa prioridade imediata deve ser evitar uma nova escalada, reduzir as tensões e restaurar a calma”, acrescentou, antes mesmo da troca de tiros entre Gaza e Israel.

Paris pediu a "todos os atores que se abstenham de qualquer ação que possa alimentar a espiral" de violência.

Os Estados Unidos declararam estar "extremamente preocupados" com o nível de violência na Cisjordânia, território palestino ocupado desde 1967 por Israel.

Desde o início do ano, o conflito israelo-palestino já matou 61 palestinos (incluindo membros de grupos armados e civis, entre eles menores) e nove civis (incluindo três crianças) e um policial israelense.

Há quase um ano, o Exército israelense vem aumentando o que chama de operações "antiterroristas" em busca de "suspeitos" no norte da Cisjordânia, particularmente em Nablus e Jenin, redutos de grupos armados palestinos.

O Egito e a ONU iniciaram uma mediação entre as partes para evitar uma escalada da violência.

(Com informações da AFP)

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