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França confirma 33 casos da varíola dos macacos; 24 apenas na região parisiense

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (2) pelas autoridades sanitárias do país, e integra o novo balanço sobre o número de casos, que será publicado nesta sexta-feira (3). De acordo com o último documento, publicado no domingo, 16 infecções haviam sido confirmadas até então na França. 

A França já registrou 33 casos da varíola dos macacos.
A França já registrou 33 casos da varíola dos macacos. © Shutterstock _ Tatiana Buzmakova
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"A situação evolui rapidamente, o que justifica um dispositivo de 'vigilância perene' da transmissão do vírus", de acordo com a Santé Publique France, órgão equivalente à Vigilância Sanitária na França.

A ministra francesa da Saúde, Brigitte Bourguignon, disse na semana passada que o país dispõe de um estoque de vacinas suficiente para proteger as pessoas que estiveram em contato com os doentes. De acordo com ela, não há risco de uma "epidemia" provocada pela doença no país.

A Alta Autoridade da Saúde recomendou, no dia 24 de maio, a vacinação dos adultos, incluindo profissionais da saúde, que estiveram em contato com uma pessoa contaminada. A varíola dos macacos ("monkeypox", em inglês) é uma doença rara, identificada pela primeira vez nos anos 1970. 

O aumento do número de casos, registrados em cerca de trinta países e fora das áreas endêmicas, sugere que a transmissão do vírus passou despercebida durante um certo tempo, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (1) pelo diretor da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Mais de 550 casos foram detectados em 30 países pela OMS, em um mês. A chegada da doença à Europa, à América do Norte e ao Oriente Médio gerou preocupação nas últimas semanas sobre a possibilidade do surgimento de um novo surto.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, faz um discurso para a 75ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, faz um discurso para a 75ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. AFP - JEAN-GUY PYTHON

Ampliar a vigilância

"A OMS pede aos países atingidos que ampliem a vigilância e despistem os casos dentro das comunidades", declarou o representante da organização. Ele lembrou que qualquer pessoa pode ser contaminada pelo vírus em caso de contato próximo com um doente. Até agora, segundo o diretor da OMS, a maior parte dos casos foi detectada em homens que tiveram relações sexuais com outros homens

Desde o reaparecimento do vírus em nível mundial, há um mês, nenhuma morte foi registrada. Mas, na África, há vítimas fatais há um século. O vírus da varíola do macaco é similar ao da varíola humana, erradicado nos anos 80, quando as campanhas de vacinação deixaram de ser realizadas.

A baixa da imunidade na população poderia explicar o aumento de casos atual. Por hora, uma campanha massiva de imunização está descartada, mas a OMS alerta para a importância de proteger os profissionais da saúde.

(Com informações da AFP)

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