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Covid-19: OMS pede U$S 16 bilhões aos países ricos para acabar com "urgência sanitária" neste ano

A Organização Mundial da Saúde pediu aos países ricos, nesta quarta-feira (9), a doação urgente de U$S 16 bilhões para financiar seu plano de luta global contra a pandemia de Covid-19.  

Nos países pobres, como em Burkina Faso, 10% da população em média recebeu apenas uma dose da vacina contra a Covid-19.
Nos países pobres, como em Burkina Faso, 10% da população em média recebeu apenas uma dose da vacina contra a Covid-19. © AFP - OLYMPIA DE MAISMONT
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"A Ciência nos deu as ferramentas para lutar contra a pandemia", disse o diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. "Se elas forem divididas em nível mundial, de maneira solidária, podemos colocar um fim na epidemia da Covid-19 como emergência sanitária ainda neste ano", declarou, em um comunicado.

"Se os países com maiores recursos investirem sua parte no financiamento do dispositivo ACT-A, esse programa pode ajudar os países mais pobres a superar suas baixas taxas de vacinação contra a Covid-19, a falta de testes e de medicamentos", ressaltou o diretor-geral da Organização. A rápida propagação da variante ômicron ainda torna essa medida mais urgente, acrescentou.

O programa ACT-A, sigla em inglês que significa "acesso às ferramentas contra a Covid-19", é um dispositivo criado pelas agências sanitárias internacionais que integra o Banco Mundial e a Fundação Bill e Melinda Gates. Coordenado pela OMS, sua função é acelerar a distribuição de vacinas, testes e medicamentos contra a Covid-19 para os países mais pobres, e engloba o sistema Covax, que já havia distribuído um bilhão de doses de imunizantes na metade de janeiro.

O sistema Covax, gerenciado pela OMS, já entregou um bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 em todo o mundo.
O sistema Covax, gerenciado pela OMS, já entregou um bilhão de doses de vacinas contra a Covid-19 em todo o mundo. Mamyrael AFP/File

Para continuar funcionando, o programa ACT-A requer US$ 23,4 bilhões (cerca de R$ 123) para o período que vai de outubro de 2021 a setembro de 2022, mas apenas U$S 800 milhões (cerca de R$ 4,2 bilhões) foram obtidos até agora. O montante é necessário para "cobrir o déficit" de financiamento imediato. 

O restante deverá ser autofinanciado por países com renda intermediária. Apenas 0,4% dos 4,7 bilhões de testes de depistagem da Covid-19 realizados em todo mundo foram feitos nos países menos desenvolvidos, onde somente 10% da população em média recebeu apenas uma dose da vacina. 

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus,
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, REUTERS - DENIS BALIBOUSE

Balanço trágico

Após o surgimento da variante Ômicron, meio milhão de mortes por Covid-19 foram registradas no mundo apesar da vacinação, um balanço "mais do que trágico", lamentou nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Quando todos diziam que a ômicron era mais benigna, não percebiam que meio milhão de pessoas morreram desde que a variante foi detectada", observou o gerente de incidentes da OMS, Abdi Mahamud. "Na era das vacinas eficazes, meio milhão de pessoas morrem, isso é realmente algo mais do que trágico", acrescentou, durante um encontro promovido pela organização via redes sociais.

Segundo Mahamud, foram registrados 130 milhões de casos e 500 mil mortes no mundo desde que a ômicron foi considerada preocupante pela OMS, no fim de novembro. A Covid-19 já matou 5,75 milhões de pessoas desde dezembro de 2019.

(Com informações da AFP)

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