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Presidente ultraconservador do Irã diz que vai priorizar o combate à Covid e a recuperação da economia

O combate à epidemia de Covid-19 e a recuperação da economia serão as prioridades do novo governo iraniano, afirmou o presidente da República Islâmica, Ebrahim Raisi, neste sábado (21), apresentando o seu gabinete aos deputados. O Irã enfrenta uma violenta crise econômica desde que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2018, restaurou um arsenal de sanções americanas contra Teerã.

O presidente da República Islâmica do Irã, Ebrahim Raisi, disse que vai priorizar o combate à Covid em seu país, duramente afetado pela variante Delta.
O presidente da República Islâmica do Irã, Ebrahim Raisi, disse que vai priorizar o combate à Covid em seu país, duramente afetado pela variante Delta. .
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A crise é agravada pela epidemia de coronavírus, que atinge fortemente o país, que luta para conter o que as autoridades apresentam como uma "quinta onda" da doença, alimentada pela variante Delta, que é particularmente contagiosa.

“A primeira prioridade do governo é o controle do coronavírus, a melhoria da saúde e a vacinação em larga escala”, declarou o presidente ultraconservador, que sucedeu ao moderado Hassan Rohani no início de agosto.

“A economia e as condições de vida são a segunda prioridade”, acrescentou o presidente, prometendo “justiça e progresso”.

Equipe exclusivamente masculina

O Parlamento deve debater por vários dias a escolha dos membros do gabinete de Raisi - uma equipe exclusivamente masculina - antes de um voto de confiança esperado para quarta-feira.

O Irã contou vários registros sucessivos de contaminação e mortes pelo vírus desde o início do mês.

De acordo com dados oficiais iranianos, em grande parte subestimados, o vírus matou mais de 100 mil pessoas no país.

Diante dos deputados, Raisi defendeu a escolha de Bahram Eïnollahi como ministro da Saúde.

Proibição da importação de vacinas do Ocidente

De acordo com alguns meios de comunicação iranianos, este oftalmologista de 63 anos é um dos signatários de uma carta aberta publicada em janeiro por cerca de 200 médicos contra a importação de vacinas antiCovid fabricadas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha ou França, que poderiam, segundo eles, causar "complicações desconhecidas e irreversíveis".

Poucos dias antes, o líder supremo Ali Khamenei havia proibido todas as importações de vacinas contra o coronavírus produzidas nos Estados Unidos ou no Reino Unido.

O governo de Rohani, que começou a usar vacinas disponibilizadas localmente em quantidades insuficientes, reclamou em várias ocasiões na primavera que não poderia importar tantas doses quanto gostaria da China, Rússia ou Índia em particular, por causa das sanções americanas que isolam Irã do sistema financeiro internacional.

Segundo dados oficiais, apenas 5,4 milhões de pessoas, de uma população total de cerca de 83 milhões, receberam as duas doses da vacina no Irã.

(Com informações da AFP)

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