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Tempestades provocam enchentes e deslizamentos de terra no oeste do Japão

Mais de um milhão de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas após chuvas torrenciais que causaram enchentes e deslizamentos de terra no oeste do Japão neste sábado (14), deixando pelo menos um morto e dois desaparecidos.

Pessoas andam por ruas inundadas em Kurume, na prefeitura de Fukuoka, no oeste do Japão, neste sábado (14/08/21).
Pessoas andam por ruas inundadas em Kurume, na prefeitura de Fukuoka, no oeste do Japão, neste sábado (14/08/21). AP - 104710+0900
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As autoridades do departamento de Hiroshima e do norte da ilha de Kyushu emitiram o mais alto nível de alerta para desocupação. Com o aviso, cujo cumprimento não é obrigatório, cerca de 1,4 milhão de residentes foram convidados a abandonar imediatamente as suas casas, informou o canal público NHK.

A agência meteorológica japonesa JMA relatou níveis sem precedentes de chuva nessa região.

Imagens de TV mostram pessoas resgatadas de botes salva-vidas nas ruas submersas da cidade de Kurume (prefeitura de Fukuoka), enquanto uma corrente lamacenta começa a transbordar na vizinha prefeitura de Saga.

Uma mulher de 59 anos morreu e dois integrantes de sua família estão desaparecidos em Unzen (prefeitura de Nagasaki, sudoeste do Japão), depois que duas casas foram soterradas em um deslizamento de terra, segundo uma autoridade local.

"Mais de 150 soldados, policiais e bombeiros foram enviados para participar das operações de socorro", disse o responsável local Takumi Kumasaki à AFP.

“Eles estão procurando por pessoas desaparecidas, enquanto monitoram possíveis deslizamentos de terra conforme as fortes chuvas continuam a cair”, disse ele.

Mudança climática global propicia tempestades

A previsão é de que tempestades vão continuar a ocorrer por vários dias em grande parte do Japão.

Cientistas dizem que a mudança climática global está causando uma atmosfera mais quente para reter mais água, aumentando o risco e a intensidade de precipitação extrema. 

"Níveis de precipitação sem precedentes foram registrados", disse Yushi Adachi, funcionário da JMA, em uma entrevista coletiva em Tóquio.

“O alerta máximo é necessário mesmo em áreas onde o risco de deslizamentos e inundações geralmente não é tão alto”, disse ele.

Especialistas apontam para a interferência humana nas mudanças climáticas.

No início de julho, fortes chuvas causaram um deslizamento de terra devastador na cidade turística de Atami, cerca de 100 quilômetros a oeste de Tóquio, que deixou 23 mortos e quatro desaparecidos.

Em julho de 2020, uma enchente recorde no sudoeste do Japão deixou mais de 80 mortos e desaparecidos. Dois anos antes, mais de 200 pessoas perderam a vida durante inundações no oeste do país.

(com informações da AFP)

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