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Campanha de vacinação vitoriosa reabre temporada de turismo nas ilhas Seychelles

As ilhas Seychelles vão reabrir as suas portas aos turistas no dia 25 de março, tornando-se um dos poucos países a receber os visitantes sem quaisquer restrições anticovid, visto que quase toda a sua população recebeu a primeira dose de uma vacina contra o coronavírus.

Turistas tiram fotos na praia na Ilha de Praslin, nas Ilhas Seychelles, 21 de novembro de 2019.
Turistas tiram fotos na praia na Ilha de Praslin, nas Ilhas Seychelles, 21 de novembro de 2019. © AFP - Yasuyoshi Chiba
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"Há uma luz no fim do túnel e essa luz está ficando mais brilhante a cada dia de nossa perspectiva", disse Sylvestre Radegonde, o ministro das Relações Exteriores e Turismo do país do Oceano Índico, à RFI na quinta-feira (18). "Sentimos que podemos abrir o país com segurança aos visitantes", acrescentou Radegonde, detalhando que os visitantes teriam apenas que obter um teste PCR negativo para Covid-19 três dias antes de viajar.

O turismo é a principal indústria do Oceano Índico e o início do surto do coronavírus, em março de 2020, parou o fluxo de turistas quase da noite para o dia, causando desemprego e forçando o fechamento de empresas. “A pandemia de Covid dizimou a economia, estávamos literalmente de joelhos”, disse Radegonde, explicando como o governo teve que implementar um pacote de apoio aos trabalhadores. O auxilio será interrompido no final de março.

Viagens e turismo contribuem com mais de 50% para a economia do país, de acordo com um relatório do International Trade Center. O arquipélago das Seychelles registrou 3.342 casos confirmados de coronavírus e sofreu 16 mortes com o surto, de acordo com estatísticas do Ministério da Saúde local.

Quase 90% da população de 95.000 cidadãos do país recebeu a primeira dose da vacina e 39% a segunda dose, de acordo com o ministro das Relações Exteriores e Turismo. O país usou as vacinas Sinopharm (chinesa) e AstraZeneca (britânica).

Radegonde disse que o governo não tem ilusões de que o progresso na vacinação signifique que o país está livre do Covid-19. “Mas estamos confiantes de que estamos em posição de conter e gerenciar qualquer possível infecção, já fizemos isso no passado”, acrescentou o ministro, descrevendo como as autoridades de saúde lidaram com casos anteriores de visitantes infectados com Covid-19.

Exceção para a África do Sul

O único país que não tem acesso ao arquipélago no momento é a África do Sul por causa da variante do país. A presença de visitantes sul-africanos nas Seychelles fez com que o governo britânico colocasse o país na lista vermelha, impedindo os turistas britânicos de viajarem ao país.

“O mercado do Reino Unido e da Europa é maior para nós em termos de indústria do turismo, muito mais do que a África do Sul”, disse Radegonde. “Então, alguém teria que ceder e, no momento, infelizmente é a África do Sul”.

Sherin Francis, CEO do Seychelles Tourism Board, disse que as medidas sanitárias permanecerão em vigor apesar da abertura para visitantes. “É importante proteger a nossa população e também os visitantes”, disse ela, referindo-se ao uso de máscaras, distanciamento social e higienização para evitar infecções.

O conselho de turismo também está incentivando as pessoas que estão em trabalho remoto a vir para as Seychelles. Segundo Francis, a decisão de reabrir a todos os turistas “deu a sensação de que o Natal chega mais cedo”, com muitas pessoas que trabalham no setor com vontade de voltar ao trabalho. “Definitivamente, estamos ansiosos para ver como será abril”, acrescentou.

Radegonde disse que as reservas futuras parecem de vento em popa, de acordo com o que o governo vem sendo informado pelas companhias aéreas. "Não vai ser um afluxo repentino de visitantes, de uma hora para a outra, vai ser gradual", acrescentou.

Mais de 360.000 pessoas visitaram as Ilhas Seychelles em 2018, de acordo com o National Bureau of Statistics, com visitantes da França e Alemanha representando quase 30% de todas as chegadas de estrangeiros.

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