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Partido de Merkel enfrenta as urnas em duas eleições regionais com tendência de derrota

Duas eleições regionais marcam neste domingo (14) o início de uma longa maratona eleitoral na Alemanha que irá culminar com a eleição de um novo Parlamento em Berlim, em 26 de setembro. Será o fim de um ciclo de 16 anos de poder de Angela Merkel. Mas, até lá, os democratas-cristãos da CDU-CSU enfrentarão batalhas eleitorais difíceis, como as que acontecem hoje em Baden-Wurttemberg e na Renânia-Palatinado (sudoeste), onde os candidatos conservadores devem ser derrotados nas urnas, segundo pesquisas.

Cartazes de campanha dos candidatos à presidência regional de Baden Wuerttemberg, o verde Winfried Kretschmann (à esquerda) e a democrata-cristã Susanne Eisenmann.
Cartazes de campanha dos candidatos à presidência regional de Baden Wuerttemberg, o verde Winfried Kretschmann (à esquerda) e a democrata-cristã Susanne Eisenmann. AFP - THOMAS KIENZLE
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Com o correspondente em Berlim, Pascal Thibaut

Angela Merkel, 66 anos, deixará o cargo no outono europeu de 2021, mas os membros de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), ainda não indicaram seu candidato(a) para a corrida pela chancelaria. As pesquisas apontam queda de intenção de voto na CDU, refletindo as frustrações dos eleitores com a política de saúde do governo no combate à pandemia do coronavírus. 

Os recentes escândalos de corrupção envolvendo dois deputados da CDU-CSU nas regiões que vão às urnas neste domingo, suspeitos de faturar centenas de milhões de euros em propinas na assinatura de contratos de venda de máscaras, não ajudam os planos da chanceler.

Em Baden-Wurttemberg, os integrantes da CDU, minoritários em uma coalizão popular liderada pelos verdes, deverão sofrer uma derrota histórica. Na Renânia-Palatinado, os democratas-cristãos já estão na oposição e têm poucas chances de vencer. A região é administrada pelos sociais-democratas do SPD em parceria com verdes e liberais.

Caso a derrota da CDU se confirme nessas duas regiões, como indicam as pesquisas, será uma grave advertência para o processo de sucessão de Merkel.

Uma coalizão verdes-democratas-cristãos?

Até o momento, a coalizão formada entre verdes e democratas-cristãos em Baden-Württemberg funcionou bem, assim como no estado de Hesse (centro). Analistas evocam com frequência a formação dessa aliança em nível federal para governar a Alemanha no outono. Os ambientalistas continuam navegando de vento em popa na preferência do eleitorado.

Em Baden-Württemberg, o ecologista Winfried Kretschmann, 72 anos, líder da região há dez anos, é considerado um caso único no cenário político alemão. Ele detém um alto índice de popularidade, o que deve permitir ao seu partido conquistar um novo recorde de votos neste domingo. "O sucesso desse ambientalista é extraordinário", segundo o cientista político Frank Baasner. Com base nessa experiência bem-sucedida, o especialista considera possível a formação de uma coalizão entre verdes e democratas-cristãos no outono, em nível federal.

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