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OMS e Pfizer-BioNTech anunciam acordo para fornecimento de vacinas contra Covid-19 a países pobres

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e os grupos Pfizer-BioNTech anunciaram nessa sexta-feira (22) um acordo que deve permitir o fornecimento de 40 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 dos laboratórios a países pobres, através do sistema Covax. Para representante da OMS, vacinação é imperativo moral, de segurança sanitária, estratégica e econômica.

A vacina do grupo Pfizer-BioNTech foi a unica a ser aprovada pela OMS.
A vacina do grupo Pfizer-BioNTech foi a unica a ser aprovada pela OMS. Ina FASSBENDER AFP
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O Covax, que foi implementado para tentar permitir a distribuição justa de vacinas contra o novo coronavírus, poderia começar a entregar os imunizantes até fim de fevereiro.

Um primeiro lote de vacinas Pfizer-BioNTech – que têm 95% de eficácia contra o vírus – serão fornecidas “a preço de custo” e devem ser entregues no primeiro trimestre de 2021, afirmou o presidente da Pfizer, Albert Bourla, durante uma coletiva conjunta da OMS e da Aliança pelas vacinas (Gavi). As duas partes ainda devem concluir um acordo de entrega, precisaram em um comunicado.

O sistema Covax também estabeleceu uma opção de compra com o fabricante indiano Serum Institute of India (SII) de 100 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela AstraZeneca-Oxford. A maioria dessas doses deve ser entregue durante o primeiro trimestre deste ano, mas antes a OMS deve homologar de maneira emergencial a vacina da universidade britânica, o que está previsto para fevereiro, segundo comunicado comum da OMS e da Gavi.

Outras 50 milhões de doses suplementares do imunizante da AstraZeneca-Oxford, que já faziam parte de outro acordo, devem ser somadas ao total no próximo mês, também sob condição da homologação pela OMS dos laboratórios onde serão fabricadas.

“Este dia marca uma nova etapa chave para o Covax”, declarou o doutor Seth Berkley, chefe da Gavi e encarregado de pedidos e entregas de vacinas do sistema. Se os acordos e as homologações necessários se confirmarem, “nós prevemos começar as entregas de vacinas contra a Covid-19 até o final de fevereiro”, acrescentou.

Por hora, somente a vacina da Pfizer-BioNTech obteve a autorização de emergência da OMS, mas várias outras estão em fase final de análise.

Imperativo moral

Ainda que a chegada de vacinas eficazes contra o vírus “sejam uma luz no fim do tunel”, “não são elas sozinhas que vão nos ajudar a colocar fim a esta pandemia, é a vacinação”, destacou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “A distribuição rápida e igualitária das vacinas não é somente um imperativo moral, mas também um imperativo de segurança sanitária, estratégica e econômica”, afirmou.

O sistema Covax, pilotado pela OMS, Gavi e também pela Coalizão pelas inovações em matéria de preparação às epidemias (CEPI), tem o objetivo de fornecer, até o final do ano, vacinas anti-Covid-19 a pelo menos 20% da população dos países participantes e, sobretudo, prevê um mecanismo de financiamento que permite aos 92 países pobres que participam ter acesso aos imunizantes.

A maioria das campanhas iniciadas até agora são realizadas em países ricos. Questionado sobre o número de doses que os fabricantes de vacinas serão capazes de fornecer este ano, Berkley disse que acha que entre “6 e 7 bilhões”.

A OMS também anunciou que lançaria ainda em janeiro um guichê onde os países pobres poderiam depositar um plano de vacinação detalhado. “É uma etapa vital antes que qualquer demanda seja tratada, para garantir que as doses entregues serão eficazmente utilizadas e detectar onde dar mais apoio, se necessário”, precisa o comunicado.

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