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Líbia: combatentes assinam acordo de cessar-fogo, um primeiro passo para a paz

Após cinco dias de negociações em Genebra, com mediação da Organização das Nações Unidas (ONU), as duas partes em conflito na Líbia assinaram nesta sexta-feira (23) um cessar-fogo nacional e permanente, com "efeito imediato". 

Representantes dos dois lados envolvidos no conflito na Líbia, frente à frente, em reunião em Genebra, nesta sexta-feira (23).
Representantes dos dois lados envolvidos no conflito na Líbia, frente à frente, em reunião em Genebra, nesta sexta-feira (23). Fabrice Coffrini/Pool via REUTERS
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Mergulhada no caos desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em 2011, a Líbia está dividida entre duas potências rivais: o Governo de Unidade Nacional (GNA), reconhecido pela ONU e com sede em Trípoli, e o Exército Nacional da Líbia, do Marechal Khalifa Haftar, homem forte do leste do país, apoiado por parte do Parlamento. Ambos os campos aceitaram esse primeiro passo em direção à paz. A trégua deve ser acompanhada da retirada da Líbia de mercenários e combatentes estrangeiros, em um prazo máximo de três meses.

"Estou honrada por estar aqui com vocês para testemunhar um momento que ficará para a história", disse Stephanie Williams, diretora da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia, após a cerimônia. "Espero que as futuras gerações de líbios vejam o acordo de hoje como um primeiro passo corajoso e essencial para alcançar uma solução abrangente para a crise na Líbia, que dura muito tempo", completou.

A assinatura do documento aconteceu numa sala no Palácio das Nações Unidas, local utilizado para reuniões regulares da Conferência sobre o Desarmamento, e contou com a presença da Diretora Geral da ONU em Genebra, Tatiana Valovaya . A cerimônia durou 10 minutos e foi seguida por muitos aplausos. Até hoje, os combates na Líbia já deixaram centenas de mortos e dezenas de milhares de pessoas fugiram do país.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também saudou o acordo dizendo que é "um passo fundamental para a paz e a estabilidade na Líbia". "Parabenizo as partes por terem feito prevalecer o interesse de sua nação sobre suas diferenças", acrescentou, em entrevista coletiva na sede da organização, em Nova York.

Já a Turquia, um ator-chave na Líbia, questiona a viabilidade do cessar-fogo. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan declarou que o acordo não foi alcançado no nível mais alto da hierarquia líbia e portanto, para ele, não tinha credibilidade.

(Com informações da AFP).

 

 

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