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Após Brasil e EUA, Índia é terceiro país a registrar mais de 100 mil mortos por Covid-19

País mais populoso do mundo, a Índia pode superar os Estados Unidos em número de contaminações por Covid-19 dentro de algumas semanas, preveem especialistas. 

Indianos aguardam na fila para serem testados ao coronavírus em uma estação de trem de Mumbai, neste sábado (3), no oeste do país.
Indianos aguardam na fila para serem testados ao coronavírus em uma estação de trem de Mumbai, neste sábado (3), no oeste do país. REUTERS - FRANCIS MASCARENHAS
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Depois do Brasil e dos Estados Unidos, é a vez da Índia ultrapassar a marca de 100 mil mortes por coronavírus. O país ocupa o terceiro lugar em quantidade de óbitos pela doença e registra neste sábado (3) 100.842 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde indiano. 

Com quase 6,5 milhões de casos da doença, médicos preveem que o número de contaminações deve se acelerar nas próximas semanas na Índia. No entanto, os especialistas apontam dúvidas sobre a exatidão dos dados transmitidos pelo governo deste país que conta com 1,3 bilhão de habitantes, mas tem a metade do número de mortes dos Estados Unidos, que registra cerca de 209 mil óbitos por Covid-19.

"Não sabemos qual é a confiabilidade das taxas de mortalidade na Índia", afirma o virologista T. Jacob John. "O país não tem um sistema de vigilância da saúde pública que documente em tempo real todos os casos de doença e mortes", completou.

Embora as autoridades indianas afirmem realizar quase um milhão de testes por dia, considera-se que, em percentual de população, a taxa de infecções é muito inferior a de outros países. Proporcionalmente, Estados Unidos, por exemplo, submete a testes cinco vezes mais pessoas que a Índia, de acordo com o site de estatísticas globais Worldometer.

60 milhões a mais de contaminados 

Na terça-feira (29), a principal agência indiana de luta contra a epidemia publicou uma pesquisa sugerindo que mais de 60 milhões de pessoas - dez vezes a mais que os números oficiais - poderiam ter contraído o vírus. No entanto, apesar dos alertas da comunidade médica, o governo do primeiro-ministro Narendra Modi continua a reabertura da terceira maior economia da Ásia.

O estrito confinamento imposto em março não apenas fracassou em barrar a propagação do vírus como deixou milhões de pessoas na pobreza e sem emprego. No último trimestre, a economia indiana - que mesmo antes da pandemia estava em dificuldade - encolheu 24%, um dos piores recuos entre os países emergentes. 

Algumas restrições permanecem em vigor: os voos comerciais internacionais seguem suspensos. Já os trens, metrôs, voos domésticos, mercados e restaurantes reabriram. Na última quarta-feira (30), o governo anunciou a reabertura de todas as escolas, bem como cinemas e piscinas, sob algumas condições.

(Com informações da AFP

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