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Afeganistão: famosa atriz e diretora de cinema é baleada durante ataque em Cabul

A atriz e diretora de cinema afegã Saba Sahar sofreu um ataque a tiros nessa terça-feira (25), em Cabul, no Afeganistão. Ela ficou ferida, mas sua vida não está em perigo, informou o marido da atriz. O número de atentados contra personalidades da sociedade civil aumentaram na capital afegã. Frequentemente, os atentados não são reivindicados por nenhum grupo.

O veículo que transportava Saba Sahar foi atacado na capital afegã Cabul (imagem de ilustração).
O veículo que transportava Saba Sahar foi atacado na capital afegã Cabul (imagem de ilustração). REUTERS/Mohammad Ismail
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Sonia Ghezali, correspondente da RFI em Islamabad

Saba Sahar estava indo para o trabalho quando homens abriram fogo contra o veículo que a transportava. Seu marido contou que correu para o local do tiroteio depois de receber uma ligação de sua esposa alegando ter um ferimento no abdômen. O ataque pode estar relacionado à sua defesa dos direitos das mulheres no país.

A atriz e diretora de cinema de 44 anos é conhecida do público afegão. Policial de formação, ela trabalha no Ministério do Interior do país ao mesmo tempo que produz seus filmes, especialmente para a televisão. Seus temas mais frequentes são corrupção e justiça. Ela também é uma das vozes feministas do país.

Os ataques contra personalidades da sociedade civil aumentaram na capital afegã. Há menos de dez dias, Fawzia Koofi, uma ativista dos direitos das mulheres e membro da equipe de negociação afegã, que deveria manter diálogos com o Talibã, foi ferida depois que homens atiraram contra ela e sua irmã.

O ativista pela paz e diretor de ciências do Ministério da Educação afegão, Abulbaqi Amin, foi morto quando seu veículo foi bombardeado e explodiu.

Organizações de direitos humanos estão preocupadas com o aumento desses ataques visando certas pessoas e que não são reivindicados por grupos terroristas da região. Alguns veem essas ações como uma tentativa de intimidar e enfraquecer a sociedade civil afegã antes das negociações de paz com o Talibã. As negociações atrasaram diversos meses devido a divergência sobre a libertação de prisioneiros.

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