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Quase 350 milhões de pessoas no mundo podem desenvolver forma grave da Covid-19, aponta estudo britânico

Quase 350 milhões de pessoas no mundo podem sofrer uma forma grave da Covid-19, o que exigiria hospitalização em caso de contágio, afirma um estudo publicado nesta terça-feira (16) na revista médica britânica The Lancet Global Health. Um grupo de cientistas do Reino Unidos tentou estabelecer para 188 países os riscos diferenciados das populações, em função da idade, do sexo e estado de saúde. Os resultados mostram que 1,7 bilhão de pessoas, ou seja, 22% da população mundial, apresentam ao menos um fator de risco que as torna mais suscetíveis de contrair uma forma grave da Covid-19.

Pesquisadores britânicos buscaram estabelecer os potenciais fatores de risco da Covid-19 em 188 países, de acordo com critérios de idade, sexo e estado de saúde.
Pesquisadores britânicos buscaram estabelecer os potenciais fatores de risco da Covid-19 em 188 países, de acordo com critérios de idade, sexo e estado de saúde. AP - Brian Inganga
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O novo coronavírus afeta de maneira muito desigual as pessoas em função de múltiplos fatores, relacionados com o estado de saúde, a idade e o sexo, entre outros. Assim, o SARS-CoV-2 deixa incólume a imensa maioria das crianças e jovens que têm boa saúde, ao mesmo tempo que afeta duramente as pessoas mais velhas, que sofrem de doenças crônicas como o diabetes. Segundo os pesquisadores, 349 milhões de pessoas estão particularmente expostas e precisariam ser hospitalizadas em caso de contágio com o novo coronavírus.

"Agora que os países saem do confinamento (...) esperamos que estas estimativas ofereçam um ponto de partida útil aos governos que buscam como proteger os mais vulneráveis de um vírus que continua circulando", comentou o principal autor do estudo, Andrew Clark, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM). O cientista propõe um reforço das recomendações de distanciamento social e das medidas de higiene às pessoas mais vulneráveis e que estas sejam consideradas prioritárias em futuras campanhas de vacinação.

A proporção de habitantes com maior risco é menor em regiões onde a população é mais jovem, caso da África (16%). Na Europa a taxa sobe a 31%. "Mas uma proporção elevada de casos graves pode ser fatal na África", devido aos sistemas de saúde muito precários, afirmou Andrew Clark.

Paralelamente, ilhas como Maurício e Fiji apresentam um risco particular, devido aos elevados índices de diabetes entre a população, de acordo com o estudo.

Com informações da AFP

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